Bem-vindos ao clássico alemão que cavalga as fronteiras do próprio país e entra em «casa» de milhões de adeptos espalhados por mais de 200 países. Bayern de Munique x Borussia Dortmund. Robert Lewandowski x Erling Haaland. Um jogo de superlativos, assente na história e indiferente aos momentos. Este sábado, às 17h30, a Allianz Arena volta a ser palco do maior embate do futebol germânico dos últimos 30 anos.
Que as equipas estejam divididas, na Bundesliga, pelo implacável juiz dos pontos (13) pouco importa. Ainda assim, os números são reveladores de uma rivalidade histórica com clara tendência para a equipa que está em casa na Baviera. O Bayern de Munique venceu praticamente o dobro dos jogos que fez frente ao Borussia Dortmund (60 contra 33) e na última dezena de embates tem sido mesmo avassalador (oito vitórias e duas derrotas).
Indiferentes a esse desequilíbrio, Bayern e Dortmund são autênticas «pedras no sapato» um do outro. Se os bávaros são a equipa que mais vezes ganhou ao conjunto da Vestefália na Bundesliga (49) e a que forçou o Borussia Dortmund a ficar mais vezes em branco na competição (32), o emblema do Signal Iduna Park também se «defende» com esse registo: o Bayern ficou 22 vezes sem marcar no Der Klassiker, um máximo para o crónico campeão.Ainda assim, é preciso notar que nos últimos 10 anos os embates entre os dois têm provado uma tendência... goleadora; é que só por uma vez se registou um 0x0 e a média de golos por jogo na mais recente década está nos 3,2. E por falar em veia goleadora...
Robert Lewandowski contra Erling Haaland. A experiência à prova de contestação do polaco contra a irreverência implacável do norueguês.Os números de 2020/21 são intocáveis. O ponta de lança do Bayern de Munique conta 34 golos em 32 jogos no total das competições, enquanto o homem de área do Borussia Dortmund leva 27 em 27. Números da esfera Cristiano/Messi...
Deixemos a objetividade dos números para recordar a emotividade das histórias. A clássico que é clássico nunca lhe falta o piri-piri. Como, por exemplo, em 1995, numa altura em que a rivalidade entre as frentes começava a solidificar, quando o lendário Lothar Matthäus se fartou das queixas de Andreas Möller - outro dos "imortais" - e o acusou de ser um «chorão» com um gesto que ficou para a posteridade.
Quatro anos mais tarde, outro clássico, outro momento, este um dos mais gráficos e icónicos. Oliver «Titã» Kahn, esse «monstro» intempestivo das balizas, viveu um jogo com os nervos à flor da pele. Primeiro tentou morder Heiko Herrlich, depois do avançado ter empurrado Kahn para dentro da baliza; minutos mais tarde, uma saída da baliza em modo «Kung-Fu» quase derrubava o internacional suíço Stéphane Chapuisat.
Vem aí mais um capítulo...
4-2 | ||
Robert Lewandowski 26' 44' (g.p.) 90' Leon Goretzka 88' | Erling Haaland 2' 9' |