Após dois anos a jogar ao mais alto nível (internamente, vice-campeão na época 2018/19 com 99 pontos, na época seguinte campeão com 97 pontos, e, internacionalmente, finalista vencido da Liga dos Campeões na época 2017/18 e campeão europeu na época seguinte) o Liverpool versão 2020/21 parece longe do futebol praticado no passado recente.
Atualmente sexto classificado da Premier League, a formação de Liverpool vive o seu pior ano desde que é treinada pelo alemão Jürgen Klopp (a derrota por 7x2 com o Aston Villa é bem demonstrativa disso mesmo). A 22 pontos do Manchester City (primeiro classificado) os reds começam a ver no título uma miragem.
O inicio promissor da temporada não fazia prever o desfecho que se adivinha para a equipa de Anfield. As lesões cedo assombraram o balneário dos campeões em título e fizeram antever um cenário que seria constante ao longo da época. Um cenário com que o treinador alemão nunca tinha lidado: «Sou treinador há 20 anos e nunca na minha vida tinha tido a necessidade de mudar a defesa a cada semana. A defesa é muito importante para a estabilidade de uma equipa e quando não há estabilidade, é mais difícil».
A três meses do final da temporada, Klopp relembrou que a formação de Anfield continua na Liga dos Campeões (venceu por 0x2 o RB Leipzig na primeira mão dos oitavos de final) e que esse deve ser o foco da equipa: «Ainda há objetivos por cumprir, estamos na Liga dos Campeões, mas se há coisa que aprendemos este ano é que não podemos, nem devemos, dar nada como garantido».
A época tem sido de altos e baixos para os (ainda) campeões ingleses, no entanto, para o treinador alemão, há coisas positivas a ter em consideração: «Sou agora um treinador muito melhor porque até agora nunca tive que lidar com estes problemas, hoje penso neles todos os dias. É a lutar contra a frustração e o fracasso que mais se aprende na vida».
Na Premier League, o próximo adversário dos reds é o Chelsea, e uma vitória diante da equipa de Thomas Tuchel recoloca os pupilos de Jürgen Klopp nos lugares de acesso às competições europeias, o objetivo mínimo (e quase impensável) para a equipa de Liverpool.