Portugal encerra, esta terça-feira, a ronda de qualificação para o Europeu de 2022, diante da Escócia. Poucos dias depois da dolorosa derrota frente à Finlândia, a equipa das Quinas prepara-se, agora, para encerrar a fase de grupos com a seleção mais bem cotada do grupo, mas que já não tem qualquer hipótese de marcar presença na fase final da prova.
Na antevisão do encontro, Francisco Neto, selecionador nacional, reconheceu o impacto da derrota em Helsínquia nas suas jogadoras, mas garantiu que a equipa já recuperou os ânimos e que está determinada em terminar esta etapa com uma vitória.
«Depois de uma fase inicial, em que o grupo estava triste e insatisfeito com a forma como Portugal perdeu com a Finlândia, vejo as nossas jogadoras a recuperarem bem e a aumentarem os seus níveis de confiança [...]. Tenho a certeza de que a minha equipa vai tentar mostrar, mais uma vez, que é competitiva e que, dentro de campo, está ao nível de todos os adversários, mesmos os mais cotados no ranking», começou por dizer o selecionador nacional, em declarações ao canais da Federação Portuguesa de Futebol.
Quando ao adversário, que Portugal já venceu por uma vez nesta qualificação, Francisco Neto sabe bem o que esperar: «[A Escócia] foi afastada do Europeu, mudou de treinador e está numa fase de transição, notando-se diferenças entre o que fez no jogo com o Chipre e o que tinha feito nos anteriores. Sem dúvida que as jogadoras escocesas, com experiência acumulada nas fases finais do Mundial e do Europeu e no campeonato inglês, onde a joga a maioria, chegarão de orgulho ferido e vão tentar encerrar o apuramento da melhor maneira».
«Vai ser um jogo muito difícil para nós e tudo faremos para dificultar também a vida à Escócia. Por tudo isso, só posso antever um jogo equilibrado e bem jogado», acrescentou o selecionador nacional.
Já sob a próxima fase da competição, que vai contar com a equipa das Quinas a lutar por um lugar na fase final através de um play-off, Francisco Neto refere que a prestação da seleção nacional ao longo de toda a qualificação demonstrou que Portugal tinha capacidade para se apurar diretamente.
«Se nos tivessem dito que íamos ao play-off antes de iniciarmos esta qualificação, ficaríamos com certeza todos contentes. No decorrer do apuramento, e fruto do nosso trabalho e competência, vimos que tínhamos capacidade para assegurar mais cedo uma vaga no Europeu, o que não aconteceu. Em todo o caso, seguimos orgulhosos do percurso que estamos a fazer. Vamos para o play-off com mérito. Trabalhámos para termos direito a um segundo match point», concluiu.