Rosa floresceu cedo mas o empate foi natural

Terminou em empate o duelo entre CD Cova da Piedade e Vilafranquense, a contar para a 16ª jornada da Liga Portugal SABSEG. Os comandados de Mário Nunes aproximaram-se dos três pontos logo nos minutos iniciais, mas não faltou tempo para os visitantes alterarem o rumo dos acontecimentos e alcançarem um empate que deixa as duas equipas na mesma zona da tabela classificativa.

Rosa borgonha

Ainda havia jogadores a dar os últimos saltos para concluir os exercícios de aquecimento quando se cantou o primeiro golo do jogo, na voz impercetível do speaker do Estádio Municipal José Martins Vieira. Terá dito algo como «golo do número 10, Miguel Rosa!», em tom entusiástico, mas não há maneira de o saber ao certo.

Foi uma jogada bem trabalhada do Cova da Piedade, que tem vindo a mostrar que sabe muito bem o que faz em transições ofensivas desde que Mário Nunes assumiu o comando. Neste caso foi João Oliveira que conduziu com muita intenção pela direita, antes de soltar um passe para a área, que João Vieira deixou correr para que chegasse a Miguel Rosa com condições para o remate de primeira. O ex-Belenenses e Benfica não desperdiçou, e bateu o guardião do Vilafranquense.

Os visitantes viram a tarefa de vencer pela primeira vez em 2021 mais dificultada logo nos minutos iniciais, mas não baixaram a cabeça, pelo contrário. Foi com a cabeça bem alta que André Claro apareceu ao segundo poste num pontapé de canto batido por Vítor Bruno e quase fez o empate, mas a bola saiu por cima. Houve apenas uma outra ocasião de relevo no primeiro tempo, com Simão Júnior, defesa central do Cova da Piedade, a oferecer a Rodrigo Rodrigues o caminho para a área segundos antes de recuperar posição e fazer um grande corte a evitar o golo.

Tiro da igualdade

A segunda metade começou com os mesmos ruídos eletrónicos do anunciante da casa. Dessa vez não se tratava de um golo, pois a bola ainda mal rolava, por isso só podia ser a substituição promovida ao intervalo por João Tralhão, que tirou do campo Rúben Gonçalves para colocar Diogo Izata, alterando assim para um sistema de três defesas centrais que podia ajudar o Vilafranquense a chegar a um resultado mais positivo.

Logo nos minutos iniciais o impacto da nova formação foi sentido. Kady apareceu na área para finalizar e forçou Adriano Facchini a uma enorme defesa, que serviu para deixar os piedenses no rumo da vitória durante mais alguns minutos, pois ao minuto 69 Vítor Bruno - muito mais ofensivo no flanco esquerdo com a introdução do terceiro central - surgiu com espaço no bico da área e fez o golo da tarde, com um remate potente e colocado junto ao poste de forma rasteira.

Depois do golo do empate, a ideia de jogo de ambas as equipas sofreu algum dano, com as duas formações a jogar um futebol mais direto do que antes. E se o jogo aí já estava rachado, então na reta final partiu completamente, e poderia ter caído para qualquer lado. Apesar de algumas ameaças de cada lado, o marcador acabou por não sofrer mais alterações e o jogo terminou com um empate.