Ainda antes de ser tomada uma decisão em relação às subidas de divisão no Campeonato de Portugal, o Olhanense cedo se mostrou contra o desfecho que na altura parecia mais provável e que acabou mesmo por acontecer. As promoções de Vizela e Arouca levaram à contestação da SAD do clube algarvio, que continua em tribunal contra a decisão da FPF. Na semana passada, o Olhanense viu o recurso ser negado pelo Tribunal Central Administrativo Sul (TCAS).
Em declarações ao zerozero, Luís Torres, presidente da SAD do clube de Olhão, explicou em que consiste a decisão, informando que o TCAS acabou por dar razão ao Olhanense, mas reconheceu que a FPF nada poderia fazer face à decisão do governo.
«Estamos a analisar. É uma matéria complexa. O que vem na decisão é basicamente dizer que temos razão, mas que a Federação Portuguesa de Futebol nada poderia fazer face às indicações do governo que proibiram a atividade desportiva. Nós não entendemos as coisas dessa forma e estamos a analisar junto dos nossos advogados a melhor maneira de recorrer. É um trabalho jurídico, não é um trabalho desportivo», afirmou.
No entanto, o presidente da SAD do Olhanense garante que este ainda não é um caso fechado e lembra que na altura em que o futebol parou o número de casos era bastante inferior ao vivido atualmente.
«Acreditamos que ainda não acabou. O caso está entregue aos advogados do Olhanense e dos restantes clubes. Nós estamos tranquilos sobre essa matéria, deixou de ser um assunto do nosso dia-a-dia. Achamos que não faz muito sentido. Naquela altura parámos com 300 casos e hoje continuamos a jogar com 15 mil casos e quase 300 mortos, com a mesma situação, a mesma doença e a mesma pandemia», concluiu.
Recorde-se que a FPF decidiu as subidas de Vizela e Arouca, os clubes com mais pontos antes da paragem do Campeonato de Portugal 2019/20, levando a que os restantes clubes em zona de acesso ao play-off protestassem, acabando por fazer queixa à UEFA e ao TAD, que chegou a suspender as subidas dos dois clubes.