El Patrón disto tudo

Que jogo de Seba Coates. Arriscamos, obviamente, a dizer que foi um dos melhores encontros do uruguaio com a braçadeira de capitão e até desde que chegou a Alvalade, em 2015/16. Limpou tudo, pelo ar e pelo chão, e só pecou um bocadinho na saída de bola. Muitas bolas longas - por culpa do relvado - sem efeito. De resto, exibição perfeita.

Mais uma performance assinalável do lateral espanhol. Mais solto na primeira parte, até pela maior inoperância de galeno, Porro aproveitou, numa das mais acutilantes investidas no ataque, para marcar o golo da vitória. Defensivamente, acima de tudo nos segundos 45 minutos, sofreu de forma natural, mas deixou corpo e alma no relvado. Os 8,5 milhões de euros envolvidos na opção de compra já parecem uma pechincha.

Voltou a ser titular, voltou a não comprometer e voltou a ganhar pontos na luta pela titularidade. Mesmo mais encostado à direita, o que não abona tanto a favor do facto de ser canhoto, escondeu as maiores limitações e não tremeu. Destaque para o passe que descobriu Porro no golo e para a arrancada na primeira parte em que travou Galeno com muita classe.

A exibição ficou um pouco manchada pela expulsão - claramente forçada - na segunda parte, mas Pote faz a diferença. Mesmo num campo difícil e pesado, teve pormenores técnicos deliciosos e foi sempre dos que mais perigo criou, tendo inclusive a possibilidade de deixar o seu nome escrito na lista dos marcadores. Faz a diferença.
 

Era na sua zona que se esperava mais ação e fruto da sua capacidade de recuperação destacou-se na luta constante no miolo. Um dos melhores «reforços de verão» do Sporting que continua a dar cartas como um dos elementos mais influentes da equipa. Sempre que a equipa pediu e jogo o obrigou, Palhinha esteve lá, para o bonito e para o feio.

Cresce a cada jogo a importância de Al Musrati na turma bracarense. É sereno, combativo, conhece os timings e é, cada vez mais, um jogador mais completo. Auxiliado por Castro, complicou a vida a João Mário e nunca perdeu o norte... Exceto com o relvado.

Começou no banco, entrou para o lugar do desinspirado Abel Ruiz na segunda parte e, como seria de esperar, o SC Braga cresceu. Baixa no terreno para dar mais linhas de passe, movimenta-se bem e conhece os colegas como ninguém. Deu dores de cabeça à linha defensiva leonina e atirou uma «bomba» à barra, que podia ter mudado o destino do encontro.

Quando Castro estava claramente numa fase descendente, Iuri entrou e o perigo apareceu. A sua inteligência e facilidade de remate obrigaram Adán a ter que se aplicar mais do que uma vez e esteve perto do golo.

Foi um dos destaques no duelo contra o Benfica e até picou o ponto, algo que pesou na decisão do treinador para esta final. No entanto, o relvado pesado, algumas más decisões e a pouca participação no jogo fizeram com que Abel Ruiz fosse, claramente, um dos mais desinspirados na primeira parte. Paulinho entrou no intervalo e a substituição não foi nenhuma surpresa.