Velha escola, nova escola e dois finalistas vencedores: está aí a final da Taça da Liga!

Já aquece! A final da Taça da Liga 2020/21 está à porta e coloca frente a frente Sporting CP e SC Braga, numa final inédita da competição (curioso, não é?). Para trás ficaram FC Porto e SL Benfica para o jogo que coroará o «Campeão de Inverno», numa altura em que a Covid-19 voltou a não dar tréguas e a instalar alguma polémica no mundo do futebol.

Muito os une e pouco os separa

Dois canecos para cada lado desde a criação da prova, dois treinadores que sabem o que é vencê-la. Seja qual for o ganhador, passa automaticamente para o segundo lugar de clubes com mais troféus, só atrás do Benfica, líder destacado (7).

Amorim e Carvalhal já conquistaram a prova ©Nélson Pereira

Carvalhal, desde logo, foi o vencedor da primeira edição, em 2007/08. Na final, bateu... O Sporting, de Paulo Bento, nas grandes penalidades. Já o caso de Amorim é bem mais recente. Foi na época anterior e com uma caminhada sensacional, paralela à sua ascensão como treinador, que os bracarenses bateram o FC Porto na final (1x0), repetindo o feito de 2012/13, com Peseiro ao leme.

Os regressados e a oportunidade do suplente de ouro

Passando para a ação propriamente dita, há duas notas relevantes a destacar: os regressos de Nuno Mendes e Sporar e a forte possibilidade de Jovane assumir um lugar no onze titular. 

Jovane decidiu contra o FC Porto ©Kapta+ / Movephoto

No ataque, Jovane ganhou pontos que lhe podem valer a titularidade. Entrou aos 77' e num curto espaço de tempo bisou para levar o Sporting à final, em mais um jogo em que se mostrou decisivo a partir do banco. Com Tiago Tomás confirmado pelo próprio treinador, irá o camisola 77 assumir um lugar num dos extremos?

Ora, esse é, precisamente, o maior dilema. É que Jovane, cuja lesões impediram o seu lugar cimentado no onze titular, tem esse «efeito suplente de ouro» e acaba por ser uma arma preciosa sempre que é lançado no decorrer das partidas. Na linha defensiva, Gonçalo Inácio, mesmo sendo canhoto, deu excelentes indicações de serenidade e concentração, tendo, com algumas correções de Coates, conseguido esconder as maiores dificuldades nas receções interiores com o seu pé esquerdo.

Abel vs. Paulinho

Quanto ao SC Braga, que tem menos um dia de descanso, as maiores dúvidas prendem-se com os dois setores das pontas. A defesa, constantemente atacada pelas lesões e pela Covid-19, ainda não está no ponto e continua a mostrar algumas debilidades na primeira fase de construção e nos duelos, sendo que a maior inexperiência de David Carmo acaba por ser mais notada. Fica, no ar, o eventual regresso de Bruno Viana - testou positivo ao novo coronavírus há mais de duas semanas -, que ficou de fora da ficha de jogo na meia-final por opção técnica. Lesão, poupança ou algo mais complexo?

Abel Ruiz, Paulinho... ou ambos? ©Kapta+ / Movephoto

Ainda assim, à espera de entrar está o goleador dos últimos tempos e uma das principais figuras da equipa. Dada a máxima importância, é muito provável que Paulinho volte ao lugar que é seu por natureza, até porque está com «fome de bola». 

Conseguirá o campeão, em ano de centenário, revalidar o título? Antes de tudo, o Braga precisa de contrariar a teoria sempre que o Sporting marca presença numa final da Taça da Liga: as grandes penalidades.