Os principais destaques da meia-final da Taça da Liga 2020/21 entre Sporting CP e FC Porto, que os leões venceram por 2x1.
Entrar, bisar e mostrar como se faz. Foi com a entrada de Jovane Cabral, aos 78 minutos, que o Sporting venceu o jogo. Marcou um golaço num remate junto ao poste e, numa das suas arrancadas, selou o triunfo final quando mais se esperava o desempate por grandes penalidades. Justificou que merece ser aposta e o mais provável é que o vá ser em breve.
Valeu pela arrancada que deu o (estranho) golo e pela capacidade que teve em dar trabalho à defesa do Sporting sobretudo na segunda metade. Não estava ser dos mais influentes, nem perto disso, mas sempre que se soltou, criou perigo, com aquele passe que deixou Uribe na cara do golo à cabeça.
Arriscou o segundo cartão amarelo (e houve protestos nesse sentido), é certo, só que conseguiu conter-se e terminar bem o jogo. Junta uma capacidade fantástica na recuperação de bolas com grande eficácia no capítulo do passe e, contra um meio-campo musculado do adversário, trabalhou imenso, mesmo tendo ao lado um mais desinspirado João Mário.
Ganhou muitos pontos com esta exibição. Longe ainda de demonstrar a qualidade que tem, mas mostrou critério e comprometimento com a equipa. Aquela arrancada que impediu Nuno Santos de marcar com a baliza aberta valeu-lhe muitos pontos: ganhou mais confiança dos adeptos e do próprio treinador, certamente.
Sem Sérgio Oliveira e com o auxílio de Grujic, o colombiano adiantou-se mais uns metros do que o normal e foi a principal figura azul e branca em termos de perigo. Onde pecou? Na finalização, claro. Assistiu Marega para o golo e procurou dar sempre aquele sinal mais à equipa. Se não tivesse tão desinspirado no momento da finalização...
Sente dificuldades quando o jogo é mais vertiginoso porque a velocidade não é uma das suas principais características, mas é decisivo. Esta noite não marcou, mas voltou a sê-lo com uma assistência muito boa para Jovane fixar o resultado final. Nunca se pode dar Pote como apagado.
Missão ingrata? Sim. Demasiado cruel para estar incluído neste lote? Talvez. Mas a verdade é que Tiago Tomás não conseguiu ser a referência ofensiva pretendida por Rúben Amorim. Explorou a profundidade uma ou outra vez na primeira parte, mas, de resto, acabou por ser engolido pela forte defensiva portista nos segundos 45 minutos face às poucas investidas da sua equipa em terrenos adiantados.
Costuma ser quase sempre um dos jogadores mais em evidência dos dragões, mas ficou aquém. Atacado pelos problemas físicos na primeira parte, depois de uma arrancada perigosa, decidiu quase sempre mal sempre que subiu e não deu a largura do costume, até mesmo com Felipe Anderson mais a explorar os espaços interiores.
2-1 | ||
Jovane Cabral 86' 90' | Moussa Marega 79' |