André Centeno foi considerado no início de 2021 o jogador mais produtivo de 2020 da Série A italiana. O defesa/médio de 34 anos falou ao zerozero sobre a temporada do Valdagno, que viu chegar esta temporada um novo treinador - Diego Mir - e está na luta pelos primeiros lugares.
O hoquista falou sobre a temporada, a forma de trabalhar do treinador argentino, os desafios da época em tempos de Covid-19 e ainda sobre as aspirações para este ano.
«É uma Série A que está a ser muito equilibrada, estamos nos lugares cimeiros e é importante estarmos ali e ocuparmos aquelas posições. Está a ser uma temporada exigente, pois desde de dezembro, altura em que voltamos à competição, têm sido jogos ao sábado e à quarta-feira e isso torna tudo mais exigente a todos os níveis».
«Foi uma boa opção da federação, pois agora somos testados a 72 horas antes dos jogos e assim faz com que não paremos mais tempo. Desde essa paragem em novembro que mais nenhuma equipa parou e jogamos sempre. Felizmente na nossa equipa ainda não tivemos nenhum caso, mas o procedimento é se houver algo caso positivo a equipa pode adiar esse jogo e só esse jogo, depois terá de jogar sempre recorrendo a jogadores de outros escalões. Nós fazemos os testes rápidos e se houver alguém positivo, essa pessoa fica em isolamento e faz análises mais profunda. Dando positivo e o reto negativo esse jogador fica em isolamento e o resto vai a jogo. Foi a forma que a federação italiana encontrou para evitar que o campeonato pare mais tempo. Aqui em Itália as coisas estão praticamente todas fechadas e isso convívio social está mais restrito».
«Aqui em Itália o campeonato é muito equilibrado. Há equipas muito fortes, como Trissino, o Forte, o Bassano que se reforçou bem, o Lodi, nós não éramos vistos como candidatos, mas trabalhamos para merecer a posição que estamos. Vivemos bem com esse papel e queremos continuar assim para chegar bem aos play-off, para ter boas sensações e experiências positivas para conseguir um bom resultado. Mas temos de trabalhar e saber bem aquilo que somos».
«A nossa equipa faz-se valer do facto de ser uma grande equipa. Não há ninguém que se queira destacar individualmente. O treinador Diego Mir é muito exigente. É um trabalho diário e que é feito para integrar também os jogadores mais novos. O nosso estilo de jogo é muito intenso, quer a defender, quer a atacar, muito físico e rápido. O estilo de jogo em Itália é mais tático e por isso há muitas diferenças para o hóquei português. Nesta terceira temporada estou a aprender bastante».
«Experiências no estrangeiro são sempre boas experiências e nesta altura sinto-me muito bem integrado. É uma cidade pequena, mas que vive muito o hóquei e já merecia ter gente nos pavilhões».
«Foi meu treinador no Alcoy e encontramo-nos agora. É um treinador diferente, evoluiu, aposta bastante nos treinos de reação, velocidade e tomada de decisão e pouco nos treinos analíticos. É um treinador moderno, que se adaptou e está bem adaptado à realidade italiana».
«Não estava à espera, foi um estudo realizado pela federação italiana. Fiquei muito contente e é muito motivador para continuarmos a trabalhar. É um trabalho coletivo, pois sem a ajuda dele não conseguia ser o jogador mais produtivo».
«Os objetivos são ganhar jogo a jogo. Temos de ir com calma, em termos de play-off queremos chegar na melhor forma possível e se possível nos lugares cimeiros. Quanto à Coppa Itália é uma prova eliminar, queremos fazer o nosso melhor e porque não lutar pela vitória. Quanto ao scudetto queremos ter uma palavra a dizer».