Em agosto do ano passado, Rafik Guitane chegou com estrondo aos Barreiros. O reforço sonante do Marítimo vinha rotulado do Rennes, onde envergava a camisola 10. Para os mais atentos ao futebol francês, o jovem criativo chegava com muito potencial, uma grande aquisição para os insulares. A verdade é que a fama não passou para os relvados...
Com Lito Vidigal no comando, o franco-argelino estreou-se na primeira jornada. Entrou para os últimos cinco minutos da derrota dos madeirenses frente ao Santa Clara (2x0). Mais de dois meses depois da sua única utilização, foi opção aos 77 minutos numa partida da Taça e participou na despedida do técnico, na derrota frente ao Benfica (1x2), entrando aos 90'.Com a chegada de Milton Mendes, renovou-se a esperança para o criativo, que aproveitou a oportunidade para dar uma nova primeira impressão. As qualidades que trazia de França, numa equipa que alcançou um lugar na Liga dos Campeões, saltaram à vista do novo treinador, que o promoveu a titular no primeiro onze apresentado.
Desde aí, foi sempre titular nos jogos da Liga NOS e suplente utilizado na Taça. Coincidência ou não, a equipa deu início à melhor fase da temporada, com três vitórias consecutivas, a chegada aos «oitavos» da Prova Rainha e uma subida considerável na tabela.
Basta estar atento a um dos jogos da era Milton no Marítimo para perceber que o franco-argelino tem muito futebol e é um dos bons valores do plantel. A irreverência, aliada à (ainda) falta de experiência é uma das tarefas que o técnico tem em mãos, sabendo que dali pode surgir um nome forte no panorama do futebol português.
0-0 | ||