No último suspiro! O Benfica esteve a escassos segundos de não aproveitar o empate do líder Sporting em Famalicão, mas, no último lance do jogo com o Paços de Ferreira (2x1), acabou por chegar à vitória, graças a um cabeceamento certeiro de Gian-Luca Waldschmidt.
Os castores ainda foram para o intervalo em vantagem, tiveram oportunidades para chegarem de novo à vantagem, já depois do golo do empate de Rafa Silva, mas acabaram atraiçoados pela sua força de vontade. Tanto quiseram ganhar o jogo que não geriram o empate nos instantes finais. Fica a belíssima imagem deixada na Luz, o que será certamente (muito) pouco para Pepa.
O Paços de Ferreira apresentou-se na Luz com a missão de provar que os últimos resultados - quatro vitórias consecutivas, entre elas uma na receção ao FC Porto - não eram obra do acaso. O trabalho de Pepa no comando técnico dos castores estava à vista e isso deixava o Benfica em alerta para a dificuldade que seria conquistar os três pontos, e assim encurtar distância para a liderança.
⌚️Apito final: SLB 2-1 FCPF
🦅Benfica fez a segunda reviravolta no marcador em 2020/21 e de forma consecutiva
🔴Marítimo [F], 1-2 aos 51' Everton
🟡Paços Ferreira [C], 2-1 aos 90'+4 Luca Waldschmidt pic.twitter.com/z5GJ7tTCRL
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Não desapontou. Mesmo dando a iniciativa ao adversário, algo muito característico deste Paços, que não precisa de dominar no capítulo da posse de bola para conseguir ser tão ou mais perigoso do que a equipa contrária, os visitantes mostraram uma competência muito grande nos momentos em que tiveram bola.
A primeira oportunidade até pertende ao Benfica, é verdade, nomeadamente a Darwin, que roubou o remate a Rafa Silva para ser ele a atirar para defesa de Jordi. O Paços respondeu por Douglas Tanque, mas Vlacodhimos não ficou atrás do guardião dos pacenses. Pouco depois, as águias voltaram a ter um lance de golo - Pizzi não conseguiu melhor do que uma bola a raspar o poste -, no entanto o golo apareceu para os mais pragmáticos.
Oleg aproveitou o espaço à entrada da área do Benfica para atirar para o fundo da baliza de Vlachodimos. Que tiraço! Fica a dúvida se a visão do guarda-redes das águias foi ou não perturbada no momento do remate do internacional moldavo, mas nem o árbitro Rui Costa, nem o vídeo-árbitro Bruno Esteves se pronunciaram em relação a essa questão. Bola ao centro e vantagem para os castores.
O 0x1 intranquilizou os homens de Jesus e o 0x2 esteve realmente muito perto de acontecer apenas um minutos depois do tento de Oleg. Douglas Tanque, um poço de força no ataque do Paços, voltou a não conseguir fazer a desfeita ao guardião helénico. Até ao fim da primeira parte, o Benfica recompôs-se, protagonizou bons lances, inclusive um golo anulado a Rafa, por pretensa mão na bola do camisola 27, mas ficou sempre a ideia de ser tudo tão insuficiente para reclamar o empate como justo no final dos 45 minutos.
Sem surpresa, Jorge Jesus operou mudanças ao intervalo. Não era de esperar o contrário. Weigl não aproveitou a oportunidade e voltou a entregar a posição 6 a Gabriel, e Pizzi, novamente muito apagado, também não regressou dos balneários, dando o lugar a Seferovic. Objetivo: ganhar mais duelos no miolo e acrescentar poder de fogo à frente.
⌚️Apito final: SLB 2-1 FCPF
🇩🇪Luca Waldschmidt fez o 5.º golo no campeonato, o 6.º da temporada e iguala 🇨🇭Seferovic como 2.º melhor marcador da equipa em 2020/21, 🇵🇹Pizzi é o melhor com 7.
⚠️Foi o primeiro golo da vitória do alemão pelos encarnados. pic.twitter.com/WIlJGz11Vm
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Ainda assim foi o Paços de Ferreira a ter a primeira ocasião para marcar no segundo tempo, com Gabriel muito mal no passe a permitir que Luther Singh rematasse. A resposta chegou pelos pés de Rafa, dos poucos a conseguir dar alguma vertigem ao jogo do Benfica, com o internacional português a iniciar e a finalizar o desenho da igualdade.
Seguiram-se boas oportunidades no jogo para os dois lados, com Darwin a protagonizar o lance mais vistoso para os encarnados, ao enviar uma bola à barra, e Seferovic a somar alguns lances de desperdício, e com Bruno Costa e João Amaral, no lado contrário, a terem bons apontamentos para os pacenses. Sempre com o mesmo fim...
E quando tudo já apontava para o empate, que servia, claramente, muito mais as pretensões do Paços, Gabriel encontrou Waldschmidt na área dos castores que, de cabeça, fez o golo da reviravolta. Incrível. Com tanta vontade de chegar ao golo, os visitantes acabaram por sofrer o segundo no último suspiro e perder o jogo.
´Não fez um jogo brilhante, mas é preciso dar mérito a quem acreditou até ao fim na vitória. Mesmo que tenha sofrido muito em alguns momentos, o Benfica teve a capacidade para decidir o jogo no último lance.
O Paços tanto quis ganhar o jogo, somando algumas oportunidades já no tempo de descontos, que essa ousadia acabou por custar o empate. Em vez de gerir o empate, a equipa acabou por dar uma última oportunidade ao Benfica. Fatal.