Deixar os milhões para evitar deceções

Há um desafio no Dragão que, apesar de não ser território desconhecido, é sempre motivo de preocupação. A partida que chega entre duas jornadas europeias costuma causar problemas às equipas que são obrigadas a «mudar o chip», como se diz na gíria do futebol.

O Tondela está atento à situação e não vai ter problemas em ferir os azuis e brancos, se a oportunidade surgir. Não obstante da situação do adversário, Pako Ayestarán e os seus homem têm consciência da exigência da partida, até por toda a história de confrontos entre ambos. 

Gerir ou não gerir? Eis a questão  

O iraniano não aproveitou a oportunidade contra o Santa Clara ©Catarina Morais / Kapta +

Como em tudo, as decisões têm os seus riscos. E a história comprova isso mesmo. A derrota frente ao Paços de Ferreira (2x3), o último desaire dos portistas no campeonato, aconteceu dentro dos mesmos moldes. Há, ainda assim, um fator que diferencia as situações. É que o FC Porto já garantiu a passagem aos oitavos-de-final da Liga dos Campeões e não tem hipótese de chegar ao primeiro lugar do grupo, pelo que a viagem à Grécia serve apenas para cumprir calendário (o Olympiacos ainda joga a Liga Europa). Ficam as dúvidas.

Em termos de classificação, a margem para errar continua curta e o próprio técnico já fez questão de relembrar. É certo que a procissão ainda vai no adro, mas continuar a falhar nesta fase pode ter consequências difíceis de remendar no futuro. 

A ambição do costume

Para o Tondela, pouco interessam as circunstâncias, porque o objetivo é o mesmo, seja com o adversário em gestão ou na máxima força: sair do Dragão com um resultado positivo. 

Ausência de peso para os beirões ©Rogério Ferreira / Kapta+

O Tondela está à espera de encontrar um Dragão com a cabeça nas estrelas e Sérgio Conceição tem a tarefa de trazer de volta à terra um grupo que andou à luta com tubarões. O encontro está marcado para este sábado, às 20h30.