O SC Braga somou mais uma vitória, mas frente ao Farense os homens de Carlos Carvalhal tiveram muita dificuldade. O golo da vitória surgiu a três minutos dos noventa e numa altura em que o treinador minhoto já tinha colocado 'toda a carne no assador'.
Os Guerreiros não conseguiram entrar no encontro como gostam. O futebol apoiado dos caseiros demorou a entrar no ritmo e, muitas vezes, a equipa de Carlos Carvalhal usou o passe mais longo, algo que deixou segura a defesa do Farense.
No entanto o SC Braga não quebrou a maneira de abordar o jogo e foi com as bolas longas, mas de variação de jogo, que causou mais perigo à defesa algarvia. Da primeira vez Iuri Medeiros virou da direita para a esquerda e Ricardo Horta assistiu Castro, mas Defendi defendeu o remate do médio centro. Na segunda tentativa foi Paulinho quem concluiu, de cabeça, uma grande abertura de David Carmo para Galeno e que o brasileiro fez chegar ao avançado. Defendi voltou a mostrar-se superior.
O Farense nunca se mostrou preocupado com a forma de jogar do SC Braga. A turma de Sérgio Vieira esteve organizada e a preparar-se para os momentos que ia ter, para depois revelar, com toda a propriedade, aquilo que treinou.
Sem surpresas os 'leões' de Faro começaram a mostrar as garras e marcaram, mesmo, mas o lance foi invalidado por fora-de-jogo. Erro clamoroso do VAR, pois a bola que chegou a Ryan Gauld, antes deste assistir Mansilla, veio de Sequeira.
O lance foi sintomático do melhor momento do Farense, que não precisou de muito para voltar a colocar a defensiva do Braga em apuros. Um lance perfeito e onde só a finalização teve nota negativa: De trás para a frente, futebol ao primeiro toque e junto à relva, pelo lado direito, mas quer Bilel (falhou o remate), quer Guald (rematou por cima) não foram capazes de materializar um dos melhores lances do jogo.
A resposta dos minhotos apareceu pelo homem do costume: Paulinho. O fim da primeira parte só não deu em golo para o avançado porque Defendi também fez o trabalho dele. Duas cabeçadas perfeitas, duas defesas seguras.
O regresso dos balneários trouxe um SC Braga com mais bola e mais instalado no ataque. O Farense, por sua vez, mudou e passou a ser claramente uma equipa de contra-ataque. Com isso o futebol ficou mais previsível e de difícil criação.
A turma de Carlos Carvalhal percebeu que os cruzamentos não seriam a melhor solução e passou a jogar pelo meio. Foi assim que Iuri Medeiros acertou em cheio no poste da baliza do Farense.
Carvalhal viu o jogo preso e mexeu, mas a equipa demorou a quebrar a barreira defensiva do Farense, até porque Sérgio Vieira reforçou a zona defensiva.
Os guerreiros passaram a ter muita gente para atacar a baliza de Defendi, mas sem grande rigor. Ricardo Horta foi uma 'pedrada no charco', mas o remate foi ter com o guarda-redes do Farense. Com passes curtos e muitas movimentações os minhotos tentaram de tudo para ludibriar a defensiva algarvia, mas sem sucesso.
O Braga tanto insistiu que conseguiu. Al Musrati, com um remate forte, muito perto dos noventa 90 minutos quebrou a muralha defensiva do Farense e fez com que o Braga segurasse os três pontos.
A qualidade do médio escocês é inegável. O médio ofensivo do Farense tem a capacidade de ocupar várias posições em campo e a equipa ganha muito com isso. Em Braga criou muito e até teve o golo nos pés.
O golo anulado ao Farense chegou proveniente da Cidade do Futebol. Em Braga António Nobre e os seus pares validaram o lance, mas o VAR anulou, mesmo que tenha sido Sequeira a colocar a bola nos pés de Ryan Guald e não o seu colega de equipa.
Não foi por António Nobre que o jogo saiu manchado. O juíz da AF Leiria esteve sempre próximo dos lances, teve um critério uniforme e soube manter a partida fácil. O VAR estragou o bom que fez.