Pote, pois claro!

Quando Bruno Fernandes saiu parecia impossível que o Sporting encontrasse um sucessor à altura, mas, ainda que com as devidas distâncias nas comparações, Pedro Gonçalves parece querer assumir esse lugar. O médio voltou a ser decisivo ao apontar os dois golos dos leões na partida - são já oito golos e quatro bis em oito jogos - e ainda ficou perto de um golaço, mas acertou na barra. Mais uma exibição em cheio, algo que começa a ser habitual.

Quase sempre que tem de decidir, decide bem e sempre que arrisca num cruzamento é praticamente certo que vai causar perigo. Hoje voltou a ser assim, com Nuno Santos a destacar-se no último terço, colocando os leões mais próximos da baliza de Pasinato, como é exemplo o primeiro golo da partida, no qual, apesar de não assistir, acaba por ser decisivo.

Se há tanta liberdade nos homens da frente dos leões e dos dois alas muito se deve a João Palhinha. O médio que voltou a «limpar tudo» e foi o grande responsável pelo equilíbrio dos leões, oferecendo uma cobertura defensiva extraordinária. Hoje foram 11 duelos ganhos em 15 possíveis, apresentando ainda uma percentagem de passe de 88%.

Pedro Porro tem-se revelado uma aposta ganha. Sem tantas preocupações defensivas, o ala é exímio no capítulo ofensivo, oferecendo profundidade e capacidade quando chega à hora de cruzar. Esta noite ficou ainda perto do golo, mas Mateus Pasinato fechou-lhe a porta da baliza com uma grande defesa!

Forte no capítulo ofensivo e razoável no defensivo, Anthony D'Alberto foi o elemento mais deste Moreirense. Jogou à direita e à esquerda, mas foi na direita, a sua posição natural, que se destacou, oferecendo profundidade ao flanco. Foi assim no lance que resultou no primeiro golo do jogo, com o lateral a «assistir» Neto.

Não tem sido hábito, mas esta não foi a noite de Feddal. As costas do marroquino foram exploradas inúmeras vezes, como é exemplo o lance do golo, sem que este tenha conseguido fazer nada para o impedir. Tivessem os avançados do Moreirense outra capacidade de decisão e os estragos poderiam ter sido outros...

Pode parecer uma escolha injusta porque, por um lado, Pasinato foi um dos melhores do Moreirense com várias defesas de bom nível, mas, por outro lado o guardião brasileiro também esteve no pior. Duas más abordagens, principalmente no segundo golo, que custaram dois golos à sua equipa e que acabam por oferecer o triunfo ao Sporting.