O campeonato está de regresso depois de três semanas dedicadas a outras competições e voltou com grandes golos de Luther Singh e Uilton Silva a valerem três pontos preciosos ao Paços de Ferreira na receção ao Famalicão. Os pacenses deram um grande salto na tabela até um provisório quinto lugar, tendo já tido uma partida adiada.
A maior assertividade e consequente superioridade da formação de Pepa no primeiro tempo deu frutos, ao contrário da reação de João Pedro Sousa para o segundo tempo, fase em que os famalicenses juntaram mais um homem à frente de ataque mas não conseguiram inverter a desvantagem.
A longa distância temporal poderá ter dificultado a memória, mas a verdade é que a campanha do Paços na Liga vinha do moralizador triunfo contra o campeão FC Porto, com uma goleada à Oliveirense na Taça pelo meio. Douglas Tanque voltou à titularidade depois do bis na Taça.
A equipa minhota, de visita à Capital do Móvel, começou por mostrar qualidade em lances rápidos, mas esse ímpeto inicial acabou por não durar muito nessa primeira parte. O Paços de Ferreira deixava a defesa adversária subir e partia para uma pressão forte já perto do meio-campo, forçando erros.
Os famalicenses acumulavam uma série de perdas de bola nessa primeira fase de construção e os castores conseguia assumir o jogo, tendo faturado ainda aos 20 minutos do primeiro tempo: Fernando Fonseca cruzou, houve um corte inicial e Luther aproveitou o ressalto para levar a bola controlada até às imediações da área e puxar o pé atrás, atirando para o fundo das redes.
Defrontavam-se duas equipas com identidades bem vincadas, ambas apoiadas em âncoras no meio-campo - Stephen Eustáquio e Gustavo Assunção -, mas era o triângulo Eustáquio-Luiz Carlos-Bruno Costa que mais conseguia mandar no jogo, contra um Famalicão algo dependente de arrancadas de Valenzuela pelo flanco.
João Pedro Sousa não tardou a mexer na equipa, lançando Bruno Jordão e Dyego Sousa ao intervalo, mas mesmo passando a ter uma dupla na frente - Dyego e Trotta - não conseguiu ameaçar de forma muito clara a baliza de Jordi Martins.
Dyego Sousa foi muito lutador perto da grande área, mas voltou a não ter a pontaria afinada - ainda não marcou nesta edição da Liga, como não marcou na anterior - e o Famalicão ainda veria a equipa da casa aumentar a vantagem.
Podia bem ter sido aos 61 minutos, quando Luiz Júnior travou com uma enorme defesa um cabeceamento de Douglas Tanque e houve desperdício na cara do golo logo depois, mas acabaria por ser já perto do fim do encontro: Uilton Silva, que tinha entrado aos 73', mandou também uma bomba para o fundo das redes famalicenses, sentenciando o encontro.
O triângulo composto por Eustáquio, Luiz Carlos e Bruno Costa foi muito eficaz a travar o Famalicão e a construir rapidamente lances. Os pacenses ganharam o jogo nessa zona, os remates de meia distância valeram apenas para a confirmação.
João Pedro Sousa não teve várias peças importantes, como Guga ou Lameiras (pensando em zonas de meio-campo/ataque), mas a equipa não conseguiu dar sequência às jogadas logo na primeira fase de construção. A equipa minhota não se conseguiu encontrar em campo.
Exibição positiva da equipa de arbitragem, sem nada de muito relevante a apontar.