Melhor ataque do século de um lado, melhor defesa do outro: é o dérbi dos dérbis!

É sempre um dos jogos do ano. Felizmente, ano após ano, temos tido a sorte de assistir a muitos dérbis eternos no futsal português. Esta sexta-feira, pelas 21h30, vamos assistir ao primeiro da nova época... em que uma das duas equipas (ou mesmo as duas) vai perder os primeiros pontos da época.

Antes de irmos aos dados, temos de puxar a fita atrás. Lembra-se daquele triste 12 de março de 2020? Em Matosinhos, nos quartos da Taça de Portugal, Sporting e Benfica não sabiam que iam disputar o último jogo da época 2019/20. A Covid-19, pandemia que afetou toda a nossa vida, não permitiu que se voltasse a jogar mais futsal em 19/20.

Esse jogo, já havia tido as bancadas do Centro de Congressos e Desportos de Matosinhos totalmente despidas e sem cor. No fim, os leões saíram vitoriosos. Agora, mais de nove meses depois, um novo dérbi, novamente sem público. Vamos aos dados?

Invencíveis, cada um à sua maneira

O Sporting marca muito, o Benfica sofre pouco. Se disséssemos "e vice-versa" não estava errado porque o mesmo também se verifica. Mas estes dados são os mais relevantes porque, com a ajuda do nosso fiel Playmaker, verificamos que, neste dérbi, se defrontam o melhor ataque do século e a melhor defesa do século (voltamos a reforçar que são registos internos)... após os primeiros 10 jogos.

Olhemos primeiro para a equipa de Nuno Dias. Sessenta e sete (67) golos nos 10 primeiros jogos do campeonato é um recorde histórico do clube, batendo o anterior... por um golo. Em 2003/04, ano de título leonino, a equipa de Paulo Fernandes apontou apenas 66 golos nas primeiras 10 partidas da I Divisão. O novo recorde, agora na posse do Sporting de Nuno Dias, detalha uma média de 6,7 golos por jogo.

É a vez de olhar para os pupilos de Joel Rocha. E se o recorde histórico deste Sporting é à tangente, o do Benfica é absolutamente impressionante. As águias contam, depois dos 10 primeiros jogos do campeonato, com apenas sete golos sofridos. E este registo traduz-se em metade dos golos sofridos pelas águias, nos primeiros 10 jogos, em 2018/19, época do melhor registo defensivo do Benfica nesta amostra: 14 golos contra os sete consentidos na atual temporada. Olhando para a média, isto faz com que o Benfica tenha uma percentagem de 0,7 golos sofridos por jogo, algo manifestamente baixo para a modalidade.

Como costumam dizer os verdadeiros protagonistas, números são... só números. Mas estes são de verdadeiro relevo e têm de ser realçados num jogo que vai ter, frente a frente, duas das melhores equipas do mundo. Os dados para o dérbi eterno estão lançados pelo zerozero. Agora é a vez dos craques lançarem os seus... e que ganhe o melhor.

Em discurso direto

Nuno Dias (Treinador do Sporting): «O Benfica tem sido uma equipa mais consistente em termos defensivos e mais pragmática em termos ofensivos. Estão muito focados nas acções colectivas defensivas. Não estão a marcar muitos golos, mas também não estão a sofrer. Estão muito fortes a esse nível»

João Matos (Capitão do Sporting): «Vamos defrontar uma equipa com a melhor defesa do campeonato. Costuma-se dizer que as defesas ganham campeonatos e vamos contrariar isso. Temos consciência do nosso trabalho e do nosso caudal ofensivo. Vamos colocar isso em prática. Queremos dilatar a vantagem o mais rápido e largo possível para podermos gerir o jogo à nossa maneira, mas vai ser um jogo equilibrado. Pode-se decidir, ou não nos detalhes. O Sporting vai estar preparado»

Joel Rocha (Treinador do Benfica): «Espero que seja um grande jogo. E quando falo nisso não é apenas nos golos, mas também na sua procura. Há talento, há magia e superação nas equipas e os clubes em questão têm esse dever de proporcionar um grande espetáculo. Os resultados não controlamos... É impossível ver quem está melhor. O resultado dita o momento de um jogo em particular. São duas equipas com os mesmos objetivos, não só quantitativos, como qualitativos»

Robinho (Capitão do Benfica): «O Sporting não teve muitas mudanças, a equipa praticamente manteve a base e as características são muito semelhante às da época passada. É uma equipa com muita qualidade, muito forte»