Na Pedreira, para tirar a raposa da toca

O orgulho ferido pode ser usado como a fórmula perfeita para vingar um resultado. Depois de uma goleada no King Power Stadium (4x0), SC Braga e Leicester voltam a encontrar-se, desta vez em solo português.

Carlos Carvalhal não teve medo de apontar para a vitória, mas mostrou todo o respeito pelos ingleses, que até há bem pouco tempo eram líderes da Premier League. Na memória recente está ainda a tal derrota, onde foram incapazes de subir ao nível do adversário, num misto de cansaço causado por um ciclo infernal de jogos e as diferenças normais entre os plantéis - falamos de muitos milhões de euros.

Panorama distinto, com as opções do costume

20 dias depois, os momentos são bem distintos. Os Gverreiros chegam de um vitória, ainda que suada, enquanto os foxes caíram perante o Liverpool. No que diz respeito a condição física, a paragem para seleções permitiu um certo descanso antes de uma nova sequência de jogos a grande velocidade. Francisco Moura, que saltou do banco em Inglaterra, já não está disponível, mas há Ricardo Horta. A equipa apresentada não deve fugir do que Carvalhal tem apostado, com um Galeno em forma a aparecer de um lado e Iuri Medeiros no outro, no apoio a Paulinho. 

Duas vitórias e uma derrota: é este o saldo até agora ©SC Braga

Iheanacho, o melhor marcador da equipa na Liga Europa, e Cengiz Under são armas apontadas à defesa arsenalista, que sofre há três jogos consecutivos. Frente a um esquema de três centrais, Carvalhal tem a difícil tarefa de travar uma equipa com veia goleadora na prova - tem nove golos marcados à entrada para a quarta jornada.

A hora das decisões está aí à porta, com lugares de apuramento por decidir. Uma vitória bracarense significa uma liderança partilhada. Se forem os ingleses a sorrir, a qualificação pode ficar assegurada, com a conjugação de uma vitória do Zorya no outro jogo. Razões para um bom jogo não faltam.