É uma notícia que marca a atualidade desportiva desta quarta-feira. De acordo com informações avançadas pelo jornal Público, o SL Benfica esteve envolvido na transferência de Khalid Hachadi para o Vitória FC no verão de 2019.
O avançado marroquino era pretendido pelos dois grandes rivais de Lisboa (Benfica e Sporting), mas terminou, de forma surpreendente, por rumar a Setúbal mediante o pagamento de 1,25 milhões de euros, numa altura em que os sadinos atravessavam imensas dificuldades financeiras.
A fonte acima mencionada explica, assim, os contornos do negócio. Antes do Vitória FC liquidar os 800 mil euros em falta ao Olympique Club Khouribga, clube detentor dos direitos do jogador, já havia sido alcançado um acordo com o Benfica, pelo que os encarnados financiaram a transferência no valor de 900 mil euros que saldou a dívida existente dos sadinos para com o emblema marroquino.
Com esse investimento, a SAD liderada por Luís Filipe Vieira garantiu o direito de preferência em relação a uma futura transferência de Hachadi, levando a que o Vitória FC fosse obrigado a pagar elevadas indemnizações caso o jogador rumasse para um dos rivais (acabou por voltar para o seu país natal).
Ora, este procedimento viola os regulamentos da FIFA que, no artigo 18, explica que «nenhum clube poderá celebrar um contrato em que qualquer contraparte desse contrato, bem como terceiro, adquira a capacidade de influenciar, em temas laborais ou de transferência, a independência, as políticas ou o desempenho das equipas desse clube».