OJaime_Pacheco 25-04-2024, 21:27
Antoine Griezmann chegou ao Barcelona no início da temporada passada e desde aí tem vindo a ser alvo de muitas críticas. Desta vez, o jogador francês decidiu dar um murro na mesa e concebeu a sua primeira entrevista desde que chegou à Catalunha, onde falou da relação com Messi e de alguns dos comentários recentes que têm surgido sobre as suas exibições.
«Desde a minha apresentação que disse que queria falar em campo, mas agora é altura de esclarecer algumas coisas. Aceito críticas, porque sei que não estamos a ver o melhor Griezmann, mas às vezes são demais. Preciso da ajuda de todos. Como não falo, nem peço que falem por mim, torno-me num alvo fácil no Barcelona», começou por dizer o avançado francês numa entrevista ao programa Universo Valdano.
De seguida, o atual campeão do mundo lembrou um episódio caricato que envolveu a estrela maior do clube catalão, Lionel Messi: «Podem ter havido comentários negativos na imprensa e no próprio balneário quando cheguei porque tinha rejeitado o Barcelona no passado e ele tinha feito comentários públicos a elogiar-me, mas queria resolver isso no campo. Lembro-me que o Messi me disse que estava "lixado pela primeira vez na carreira", mas que ia comigo "até à morte" porque eu estava na equipa dele. Só lhe pedi desculpa».
O avançado de 29 anos confessou ter uma relação de «máximo respeito» com o seu colega de equipa argentino e rejeitou os recentes comentários do seu antigo empresário Éric Olhats, que disse que Messi é o grande culpado do sub-rendimento de Griezmann por governar o clube num «regime de terror». «O Leo sabe que eu lhe tenho muito respeito e aprendo com ele. E o meu tio [que também falou sobre Messi] não sabe o que se passa no futebol. Eu disse isto tudo ao Messi para que ele saiba e esclarecemos tudo», apontou.
«Devo muito a Valverde, porque me trouxe para o clube. Pedia para jogar mais no espaço, na frente, mas ele insistia que eu devia estar na esquerda. Com Quique Setién tinha uma relação normal. Os meus pais até me diziam para perguntar-lhe porque não jogava. Uma vez veio perguntar-me até quando iria ficar furioso por não jogar. Continuo com raiva», apontou o gaulês, abordando o clima tenso que teve com o antigo treinador do Barcelona.
«Em ano e meio tive três treinadores, cada um com o seu estilo, uma pandemia pelo meio, isso dificulta a adaptação. Há candidatos à presidência que falam sobre mim. Já me chegam as minhas coisas, para ter ainda de pensar nos que falam se sou ou não uma boa contratação para o Barcelona», concluiu.