A mudança de Tiago Pinto, diretor-geral do Benfica, para a Roma, oficializada na passada quarta-feira, causou enorme surpresa, até porque o dirigente era uma peça fundamental na estrutura encarnada. No entanto, o convite efetuado pelos italianos não foi repentino e a sua chegada vai envolver mudanças na cúpula diretiva do clube.
A capa do Corriere dello Sport desta quinta-feira descreve a aquisição de Tiago Pinto como uma mudança de paradigma nos giallorossi, em alusão ao «modelo» benfiquista. O dirigente foi escolhido pelos novos proprietários, Ryan e Dan Friedkin, após um «casting de três meses» totalmente silencioso.
Tiago Pinto vai ser responsável por todo o futebol da Roma, desde as camadas jovens à equipa sénior, sendo que reportará diretamente aos donos do clube, que entenderam a necessidade de ter um verdadeiro «gestor» e não um «negociador» para ser uma mais valia todos os setores: mercado de transferências, infraestruturas, relações internas e externas, entre outros.
Assim, com Tiago Pinto, a formação comandada por Paulo Fonseca vai sofrer uma restruturação e uma nova distribuição de poderes, alterando os papéis desempenhados até então por Manolo Zubiria, De Sanctis e Bruno Conti (o futuro dos três está em aberto).
O ainda dirigente das águias - iniciará funções a partir de 1 de janeiro do próximo ano - assinou por três temporadas e auferirá de um salário anual de 1 milhão de euros líquidos mais bónus.