Numa época atípica e algo irregular do FC Porto, Sérgio Oliveira tem passado pelos pingos da chuva e somado grande exibição atrás de grande exibição. Hoje voltou a ser fundamental e justificou por completo a braçadeira que envergou devido à ausência de Pepe. Foram duas assistências e um golo, mas foi também a capacidade de estar em todo o lado e de carregar a equipa para a reviravolta.
A evolução de Mbemba no FC Poro é notável. Passou de opção secundária a titular e hoje, sem Pepe, assumiu-se como patrão da defensiva portista. Esteve imperial nos duelos, assertivo no passe e ainda marcou o golo que valeu o empate e alterou o rumo do jogo, em cima do recolher obrigatório.
Não tem sido fácil a vida de Taremi, que tem sido lançado sempre a partir do banco e ainda não tinha consigo marcar, mas o tão esperado golo chegou finalmente e dificilmente podia ter sido em melhor altura. Desta vez, o iraniano foi aposta logo à meia-hora de jogo, com o intuito de mudar o rumo dos acontecimentos e foi o exatamente o que fez com um cabeceamento certeiro que consumou a reviravolta no marcador.
Não marcou, nem assistiu, mas a folha estatística nem sempre espelha a importância total de um jogador e este foi um desses casos. O colombiano foi um agitador desde o início, mesmo numa fase em que o resto da equipa estava muito apagada. É verdade que acabou por não consumar nenhuma das iniciativas, mas foi muito graças a lances do colombiano que o FC Porto foi melhorando e conseguiu dar a volta ao marcador.
Não havia adeptos no Estádio do Dragão, mas, caso as bancadas estivessem cheias, teriam sido silenciadas por Beto, à passagem do quarto de hora de jogo. O avançado estreou-se a marcar na Liga NOS com um belo cabeceamento que ainda deu esperanças aos algarvios. Para além disso, foi sempre uma referência para o ataque à profundidade e mostrou-se bastante combativo.
Depois da boa exibição a meia da semana, frente ao Marselha, Otávio voltou a ser aposta numa estratégia semelhante (que teve de ser alterada à meia-hora), mas não funcionou. O brasileiro esteve apagado e pouco inspirado ao nível do passe, não sendo ainda capaz de oferecer a habitual criatividade ao ataque azul e branco.
O lateral japonês voltou à esquerda da defesa, mas esteve desastrado e foi incapaz de parar o ímpeto portista. Teve 10 perdas de bola, mas o ponto mais negativo foram mesmo os duelos, tendo ganho apenas dois em nove possíveis. Números complicados para um defesa e que refletem o que foi a exibição de Anzai.
3-1 | ||
Chancel Mbemba 45' Mehdi Taremi 46' Sérgio Oliveira 89' | Beto 14' |