As figuras do jogo entre Zorya e SC Braga (1x2).
Há jogadores que com um simples toque na bola deixam um jogo praticamente resolvido. Nico Gaitán foi esse jogador, com um remate de pé esquerdo de fora da grande área a dar o 0x2 aos onze minutos. Ainda conseguiu mais um par de dribles eficazes, recuperando também a bola algumas vezes no flanco esquerdo. Aguentou 66 minutos, o que para a estreia não foi mau. Se conseguir voltar aos melhores índices físicos tem tudo para brilhar na Liga e na Europa.
É com o pé esquerdo que Paulinho mais brilha, ainda que saiba finalizar de todas as maneiras. Foi com o pé esquerdo que o ponta-de-lança finalizou de forma exemplar uma jogada em que já tinha tido intervenção direta ao receber de peito o lançamento de Matheus. Não conseguiu dar a melhor sequência no início do segundo tempo, caso contrário poderia bem ter também direito a ouro. Também não teve muito mais influência no jogo visto que os bracarenses passaram muito tempo recuados.
Não que o Zorya merecesse pontuar, porque quem não consegue matar em frente à baliza não pode pedir algo muito diferente, mas o médio defensivo do Zorya foi além das suas responsabilidades com um grande golo mesmo a fechar. Trouxe um pouco de justiça ao resultado, tendo em conta que os ucranianos atacaram muito ao longo do jogo. Foi também perigoso no passe, tanto curto como longo, embora tímido nas recuperações de bola.
Sólido a tapar o lado esquerdo da zona central defensiva, o central brasileiro surpreendeu no lance do segundo golo. Foi ele quem recuperou a bola a meio campo e foi em frente até perto da grande área adversária, entregando para a finalização de Gaitán. Despede-se do jogo com uma assistência em bola corrida, algo raro para um central.
Já tinha sido decisivo no dérbi minhoto contra o Vitória SC, então apontando o único golo do jogo. Mais uma vez, a tendência para subir até ao fundo do corredor beneficiou o Braga, desta vez devido a um cruzamento perfeito para a finalização de Paulinho. De resto, teve muito trabalho a nível defensivo e não comprometeu.
O capitão de equipa parece não ter sido avisado do perigo que é Paulinho naquela zona do terreno. O central ficou a ver o que fazia Esgaio no flanco e a garantir que a linha defensiva estava alinhada, mas ignorou o movimento do ponta-de-lança dos bracarenses. Filho do antigo treinador do Zorya, é internacional ucraniano e não lhe falta experiência... imaginamos que este terá sido um lapso momentâneo de concentração.
1-2 | ||
Dmytro Ivanisenya 90' | Paulinho 4' Nico Gaitán 11' |