jsilva77 25-04-2024, 20:52
A UEFA, através do seu presidente, voltou a manifestar a total recusa da criação de uma Superliga Europeia. A declaração surge um dia depois da renúncia de Josep Maria Bartomeu, agora ex-presidente do Barcelona, que foi um dos mentores do projeto.
Em comunicado à agência France Press, a UEFA reiterou a «forte oposição» do presidente a uma Superliga Europeia, isto depois d demissão de Bartomeu, que na despedida afirmou que o clube já teria aceitado a proposta de integrar uma futura Superliga, com o argumento de que esta iria «garantir sustentabilidade financeira para o clube».
Ceferin já tinha repudiado a ideia em fevereiro, mas ,esta quarta-feira foi mais claro nas afirmações: "Qualquer Superliga que envolvesse apenas os clubes mais ricos estaria diretamente a entrar em conflito com a atual Liga dos Campeões e Liga Europa, competições que estão abertas a qualquer clube, baseando-se apenas nos seus percursos domésticos».
«Os príncipios de solidariedade, promoção, relegação e de competição abertas a todos não são negociáveis. O futebol europeu são estes valores e é isso que faz da Liga dos Campeões a maior competição desportiva do mundo» disse a UEFA.
A entidade que regula o futebol europeu rejeitou destruir a sua «jóia da coroa», justificando que «uma Superliga de 10, 12 ou mesmo 24 clubes» não daria espaço para que um clube mais pequeno se colocasse na luta pelo título, o que tornaria a competição «inevitavelmente aborrecida».
Já na semana passada, o presidente da FIFA, Gianni Infantino, tinha afirmado que também ele era contra uma hipotética Superliga e que estava mais interessado em remodelar o Mundial de Clubes. «Estou mais interessado em ver um Liverpool x Boca Juniors do que um Liverpool x Bayern Munique, o que queremos é dar uma dimensão global aos clubes» referiu.