Conceição e a abordagem tática do FC Porto: «Mais ousado do que isto é impossível»

Sérgio Conceição explicou as escolhas a nível de onze inicial e tática para a partida do FC Porto frente ao Gil Vicente, que terminou com um triunfo por 1x0 dos dragões, com golo de Evanilson.

A respeito das escolhas para a equipa titular, com quatro mudanças em relação ao último jogo, o técnico indicou: «Obviamente que teve a ver com a lesão do Luis Díaz, que não esteve sequer na folha de jogo. Teve a ver com a fadiga... nós chegámos na quinta-feira às 5 ou 6 da manhã. Na sexta houve recuperação e hoje foi o jogo. Tinha que mexer e encontrar gente fresca, perante um adversário que sabíamos que vinha aqui defender num bloco mais baixo, cabia-nos desmontar essa organização defensiva do adversário».

Sérgio Conceição Liga NOS 2020/21

5 Jogos
3 Vitórias
1 Empates
1 Derrotas

13 Golos
6 Golos sofridos

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«Hoje jogámos com três defesas só, sete jogadores praticamente na frente. Muitas vezes isso não é sinónimo de atacar melhor, mas a verdade é que o fizemos. Não foi a pensar no adversário, mas em desmontar essa mesma organização defensiva», explicou. «Tinha a ver com jogadores criativos por dentro, como o Nakajima e o Fábio Vieira, com jogadores que dessem largura e profundidade como o Manafá e o Corona nas alas, e dois avançados. Mais ousado do que isto é impossível, não foi adaptarmo-nos a um adversário, jogando em casa e sabendo que toda a despesa deste jogo era nossa e não do Gil».

No que toca à análise da partida, o treinador falou num jogo positivo dos dragões, excetuando os primeiros 20/25 minutos e a fase de menor fulgor após a expulsão de Zaidu.

©Catarina Morais / Kapta +

«A forma como entrámos no jogo não foi a melhor, até aos 20 ou 25 minutos não conseguimos criar grande perigo. A partir daí criámos duas ou três situações além do golo que podiam resultar num final de primeiro tempo com mais um ou outro golo. É verdade que o Gil Vicente também conseguiu chegar uma ou outra vez à baliza com perigo, lembro-me de uma defesa do Marchesín na primeira parte», analisou.

«Ajustando na primeira parte ainda, retificámos ao intervalo algumas coisas e na segunda parte criámos quatro ou cinco ocasiões de golo claras para aumentar a vantagem, incluindo um penálti que não conseguimos fazer. Depois da expulsão do Zaidu, é absolutamente normal que o adversário ganhe alguns metros no campo, que consiga meter bolas de forma mais direta, mas não me lembro de nenhuma ocasião de perigo. Claro que nos deixa algo desconfortáveis no jogo, estando em inferioridade numérica, é absolutamente normal, mas sem grande perigo do adversário», terminou.