Está encontrada a nova referência

Fez questão de terminar com as dúvidas se tinha capacidade para atuar neste Sporting. Dinâmico e muito veloz, abriu o ativo com qualidade e pouco ângulo, num lance onde revelou a sua inteligência na movimentação. Seguiu ligado à corrente e selou o triunfo do Sporting em transição, ultrapassando com qualidade o guardião adversário. Muito importante no presente e futuro dos leões.

Pela primeira vez titular na presente temporada, Lincoln não teve muita bola, mas quando apareceu provou ser a unidade mais criativa dos açorianos. Bons pormenores técnicos e inteligência ao recuperar a bola após Coates facilitar no passe, no lance que originou o 1x1. Ainda precisa de ritmo, porém, vai ter muito protagonismo neste Santa Clara.

Tornou-se no melhor marcador na história do Santa Clara na Liga NOS, num jogo em que voltou a ter um excelente aproveitamento de oportunidades. Tentou lutar contra o rumo do jogo e está um avançado recuperado após a complicada época transata. Um ativo importante para o clube.

A presença de Palhinha na equipa permite mais liberdade ao médio para fazer a diferença na condução de bola, a sua principal qualidade. Esteve muito ativo no primeiro tempo, sendo também uma carraça na marcação aos adversários. Acusou desgaste após o descanso e acabou por sair ainda cedo, mas este novo papel assenta-lhe como uma luva.

Inteligente na gestão dos momentos do jogo, o extremo entrou com tudo na partida e causou os primeiros sinais de perigo do leão. Continuou bem até ao final do encontro, estando mais confiante e identificado com as ideias deste Sporting. Uma aposta acertada dos leões no mercado de transferências.

Já não tinha sido bem batido no primeiro golo, mas a saída no lance que decidiu a partida deixou muito a desejar, ao arriscar sem justificação. Fica ligado ao resultado, mas qualidade não lhe falta para deixar este encontro para trás.

Um problema que talvez não tenha levado a sua carreira a outro nível. Coates tem jogos de excelência e características muito interessantes, mas, por vezes, o cérebro não parece acompanhar. Num lance que parecia controlado, arrisca sem justificação num passe com a parte exterior do pé, criando o lance que originou o empate e complicou bastante a tarefa à sua equipa. Um capitão não pode ter estes momentos!

Não é este jogador. Teve este sábado oportunidade de jogar minutos interessantes e mostrar os seus argumentos para ganhar protagonismo, mas acabou por desperdiçar duas excelentes situações atacantes, sendo difícil perceber como não conseguiu marcar. São estes momentos que definem a carreira de um atleta, e o esloveno precisa de trabalhar, nesta fase, a força mental.