Os castores chegaram à ilha da Madeira com a lição bem estudada, mas encontraram um adversário em ascendente, que batalhou durante todo o jogo para conseguir arrancar um ponto em casa. Nacional e Paços de Ferreira empataram (1x1) em jogo de inspiração de Daniel Guimarães, o melhor em campo.
Pepa ainda está indisponível, mas a sua equipa entrou no jogo com a vontade de dar seguimento à vitória da última jornada. Samuel Correia, o adjunto, lançou os mesmos titulares que bateram o Santa Clara e as rotinas ficaram logo visíveis, com os castores a deixar os homens de Luís Freire em sentido.
Depois da derrota em Braga, onde nunca conseguiu impor o seu estilo de jogo, o Nacional, perante um adversário à sua altura, quis voltar a ser igual a si próprio. O embateu das estratégias, no entanto, beneficiou os visitantes que, logo a partir do apito inicial obrigou os insulares a trabalhar muito para conseguir sair em posse.
Perto da meia hora de jogo, o árbitro ainda viu uma grande penalidade sobre João Amaral, que resultaria na expulsão de Pedrão, mas o VAR, de forma correta, alertou para a ausência de contacto e a decisão foi revertida.
Num jogo sempre muito partido, com repetidas faltas e uma incapacidade de juntar vários passes consecutivos por parte dos homens da casa, o Paços ia ameaçando constantemente. O guardião insular, como já tem sido habitual nesta temporada, voltou a ser gigante na baliza.
Depois de um primeiro tempo muito apagado, Luís Freire não perdeu tempo na abordagem para os segundos 45 minutos. Vincent Thill, em exibição demasiado apagada, e Nuno Borges foram os sacrificados para as entradas de Alhassan e Azouni, uma mudança que deu logo outro rumo aos acontecimentos.
Douglas Tanque ameaçou primeiro e Eustáquio devolveu a igualdade aos 74’, a passe de Dor Jan. Três minutos depois, a vantagem até podia ser pacense, mas Daniel Guimarães deu espetáculo com a defesa da tarde.
E o VAR, que nem tinha sido simpático com o Paços, acabou por anular o espetacular remate de Azouni, que ainda foi muito festejado pelos madeirenses. 3 centímetros foi o que separou o Nacional de uma vitória que nem seria verdadeiramente justa pelo rendimento de todo o jogo, mas que beneficiaria a reação da equipa na segunda parte. Os castores, que entraram com a lição bem estudada, acabaram por embater num Daniel em dia inspirado.
Numa partida nem sempre bem disputada, valeu a vontade e a entrega de ambas as equipas. Com Riascos como principal exemplo, o Nacional nunca desistiu perante a adversidade de uma estratégia falhada na primeira parte. O Paços, depois do golo sofrido, também não baixou os braços.
Depois de três jornadas iniciais onde quis mandar desde o apito inicial, o conjunto insular, à semelhança do que aconteceu em Braga, voltou a entrar mal e a milhas da qualidade que já demonstrou ter. Os danos podiam ter sido irreversíveis não fosse Daniel Guimarães em dia sim
Hugo Silva teve uma partida exigente, onde demonstrou alguma dificuldade em controlar o jogo muito faltoso. Beneficiou de um VAR bem atento que alertou para as decisões dos lances capitais.