Valongo, uma nova era

O Campeonato Nacional da 1.ª Divisão de Hóquei Patins arranca este fim-de-semana e o zerozero dá-lhe a conhecer as equipas. O perfil de cada emblema, o estilo do treinador, o jogador que desperta interessa e uma entrevista em vídeo com os todos os treinadores. É o Melhor Campeonato do Mundo.

A pandemia, o novo quadro competitivo, que traz Play-off e a 1947 - a nova taça que vai ser disputada entre os oito primeiros classificados da primeira volta do campeonato - os candidatos e os objetivos são os grandes temas abordados.

O Valongo versão 2020/2021 é o início de uma nova era. O clube, que foi campeão nacional em 2013/2014, quebrou com as ligações passadas - Miguel Viterbo foi capitão dessa equipa e treinador nos últimos anos - mas continua com a mesma, assente no paradigma mais seguro do clube dos arredores do Porto: a formação vencedora. O clube volta a ter os produtos da cantera do San Siro do hóquei como valores a acompanhar.

Plantel: Jovens com irreverência, nomes fortes e experientes. Em breve palavras estas são as características principais do novo Valongo, que fez regressar filhos da casa, como Hugo Barata e segurou figuras importantes como Nuno Araújo e Diogo Fernandes. Chegou ainda Nuno Santos, proveniente da Juventude de Viana, para onde foi pela mão de Edo Bosch e Ricardo Silva para a baliza, lugar que tinha sido deixado vago pelo titular dos últimos anos, Leonardo Pais.

A estrela: Ricardo Silva é um nome que dispensa apresentações. Os títulos já conquistados por ele, e além disso a forma consistente como se tem mantido no topo dos guarda-redes em Portugal, fazem dele o jogador de maior destaque neste plantel do Valongo. É sinónimo daquela expressão que tantas vezes se ouve, de que um bom guarda-redes é meio caminho andado para uma excelente época.

Edo Bosch está a iniciar a carreira de treinador principal ©FPP

Treinador: Depois de várias épocas como adjunto de Renato Garrido, com quem vai manter a dupla na seleção nacional, Edo Bosch vai estrear-se como treinador principal. O catalão, radicado em Portugal desde 1998, promete criar uma equipa muito própria e uma visão de jogo tão aberta como aquela que tinha quando estava entre os postes.

«Quero ser competente em todos os jogos e sair de todos os jogos satisfeito. No final fazemos as contas»

Ser treinador principal: «Quando assumi o cargo de adjunto do Renato no Viana e depois na UD Oliveirense sempre soubemos que esta relação teria um tempo limitado. Porque eu também queria assumir uma equipa, mas achava que precisava de passar sempre pela experiência de adjunto…E depois da nossa ligação com a Oliveirense acabar, tive a sorte de receber o convite do Valongo e logicamente que aceitei.»

Desafio Valongo: «Para mim, neste momento, não há melhor opção do que o Valongo. A verdade é que é uma das melhores formações do país, para não dizer a melhor. Tenho um grupo de trabalho que todos os dias quer aprender, crescer e dar o máximo a cada treino. Portanto, para um treinador que está a começar como eu, não há nada melhor».

Estilo de jogo: «A verdade é que sempre se diz que é da baliza que se vê melhor o hóquei. De onde se vê melhor os erros, de onde se consegue organizar melhor a defesa e eu sempre, como guarda-redes, tentei organizar melhor a defesa, chamar a atenção dos colegas quando falham para que a defesa seja mais coesa».

Ricardo Silva chega ao Valongo vindo do OC Barcelos

Metas e desafios: «Desde o princípio que perguntei aos jogadores onde é que eles achavam que nós podíamos chegar e eu não coloco limites. Vou utilizar uma frase que costumava ser utilizada pelo Franklim Pais, que é ‘jogo a jogo’. E eu quero ser competente em todos os jogos e quero sair de todos os jogos satisfeito e no final fazemos as contas. Vamos ver qual é o nosso limite».

Novidades no modelo competitivo: «Sim, acho que esta decisão que se tomou de fazer um play-off encaixa muito bem num ano como este. Porque nós vivemos dos adeptos e neste momento eles não nos podem acompanhar. Quiçá mais para o fim da época já possamos ter alguns adeptos nos pavilhões e é que se vai decidir realmente o campeonato, com os play-offs. Vai ser uma temporada muito longa para os jogadores, mas acho que é um esforço que temos de fazer também pelos nossos adeptos».

	Nome	Posição	Dt. Nascimento
1	Ricardo Silva	GR	1983-03-10
12	Bernardo Mendes	GR	1999-03-12
4	Nuno Araújo	D/M	1988-06-05
11	Carlos Ramos	D/M	2000-04-19
22	Nuno Santos	D/M	1996-06-16
78	Diogo Abreu	D/M	2001-03-06
88	Diogo Barata	D/M	2002-04-24
7	Diogo Fernandes	AV	1990-09-00
9	Guilherme Silva	AV	1994-08-24
17	Rafael Bessa	AV	2000-12-10
57	Rúben Pereira	AV	1990-05-09
77	Hugo Barata	AV	1998-02-04