Gonçalo Ramos até está na equipa B, mas é o homem do momento na Luz porque...

O avançado português tem estado em grande forma. Desde logo, já vai com cinco golos em apenas duas jornadas da LigaPro, um arranque impressionante e que tem chamado a atenção dos adeptos encarnados.

No fundo, este registo vem na sequência do final da época passada, em que o avançado se estreou pela equipa principal na penúltima jornada, entrando e marcando dois golos em Vila das Aves (0x4), e fez quatro golos na etapa decisiva da Youth League, incluindo um bis na final, perdida para o Real Madrid (2x3).

Tudo somado, vai com impressionantes 11 golos nos últimos seis jogos oficiais! Razões de sobra para que se fale da sua situação, que é, apesar de tudo, uma incógnita: está na equipa B, mas esse é um espaço cada vez mais curto para o seu potencial.

Só que a política desportiva do Benfica tem tido, para já, um claro travão na aposta recorrente em jogadores da formação. Se tal se verificasse nas épocas anteriores, provavelmente já Gonçalo Ramos estaria às portas do onze da equipa principal, só que, com Jorge Jesus e o forte investimento que foi feito para o ataque (24 milhões de euros por Darwin, 20 milhões por Waldschmidt), esse espaço não parece existir, para já.

Por isso, existem algumas reticências do jogador em renovar. Esse é o tema na capa do jornal A Bola, que explica que o Benfica tem a intenção de renovar contrato, passando a ligação a ser até 2025 (mais um ano), pagando ao jogador seis vezes mais do que o vencimento atual - passar de 90 mil euros anuais para 600 mil - e blindando-o com uma cláusula de rescisão de 120 milhões de euros (atualmente é de 88 milhões).

Atualmente com Mohamed Afzal, com quem tem contrato até novembro, Gonçalo Ramos está também a ser cobiçado, no mercado de empresários, por Jorge Mendes, que tem estreita ligação com o Benfica e que pode potenciar uma possível venda.

Ainda assim, a intenção do clube é, para já, que haja rendimento desportivo. Não está nas contas da administração encarnada poder ter em Gonçalo Ramos um desaproveitamento semelhante ao que aconteceu há uns anos com Bernardo Silva.