Antes do início da nova temporada, António Salvador deu uma entrevista à Next, a plataforma de conteúdos do SC Braga, onde abordou vários assuntos relacionados com a atualidade dos arsenalistas. Como não podia deixar de ser, o tema Rúben Amorim centrou parte da entrevista.
O presidente do SC Braga esclareceu ao pormenor o acordo feito com o Sporting para o pagamento atrasado de Rúben Amorim, com três pontos de destaque e revelou que só depois da chamada de Frederico Varandas foi possível chegar a acordo. Perante uma possível nova dívida dos leões, o presidente do emblema minhoto acredita que tal não irá acontecer.
«Não tenho dúvidas que desta vez o Sporting vai cumprir. Se quisesse ser mauzinho até podia dizer para não cumprirem, pois isso iria custar ao Sporting mais 1,8 milhões de euros. Mas acredito cegamente que vão cumprir. Este último acordo só foi possível porque Frederico Varandas me fez uma chamada a justificar que não tinha condições de pagar e que queria fazer um acordo. Coloquei três pontos imprescindíveis. O primeiro era o Sporting reconhecer a totalidade da dívida, incluindo juros e multas, sem desculpa da covid; outro ponto é que dissessem que prazos queriam pagar e que tinham de pagar juros; depois, que tinham de pagar de imediato uma verba e ainda um documento a reconhecer a dúvida. O presidente teve a hombridade de me ligar para se sentar à mesa para um novo acordo, em vez de andarmos numa batalha jurídica, que não ficava bem», afirmou.
Voltando atrás no tempo, António Salvador reconheceu que não desejava perder Rúben Amorim, mesmo pelo valor da cláusula e que fez uma oferta ao treinador para que este continuasse em Braga, mas os valores oferecidos pelo Sporting foram para lá do alcance daqueles que os bracarenses conseguiam atingir.
«Ele cá ganhava 300 mil euros [por época], propus renovação por mais um ano a dobrar-lhe o salário, passar a ganhar 600 mil, mas quando há um clube que paga 2,5 milhões de euros não é possível, infelizmente, o Sporting de Braga acompanhar», contou.