O Bayern Munique é o vencedor da Liga dos Campeões! O conjunto de Hans-Dieter Flick superou o Paris SG (1x0) na final da prova milionária e fechou com chave de ouro uma época em que conquistou também a Bundesliga e a Taça da Alemanha. Ironia das ironias, Coman, formado no PSG, deu o título aos bávaros.
Silêncio, que se vai... jogar a final da Liga dos Campeões. Foi assim, num silêncio demasiado incomodativo, que se disputou o último jogo oficial da temporada 2019/20, a mais longa de que há memória. No Estádio da Luz, em Lisboa, o palco escolhido para receber o encontro de todas as decisões.
O Bayern fez história: 1.ª equipa a vencer todos os jogos realizados numa época na Liga dos Campeões
Percurso do Bayern Champions 2019/20:
✅✅Crvena Z., 3x0, 0x6
✅✅Tottenham, 2x7, 3x1
✅✅Olympiacos, 2x3, 2x0
✅✅Chelsea, 0x3, 4x1
✅Barcelona, 8x2
✅Lyon, 3x0
✅PSG, 1x0 pic.twitter.com/ONs6hJbAj3
— playmakerstats (@playmaker_PT) August 23, 2020
A capital portuguesa abriu as portas a uma autêntica cimeira europeia, com os oito finalistas da maior e mais importante prova ao nível de clubes a discutirem o troféu que todos queriam, mas que estava apenas ao alcance de um deles.
Paris SG, campeão francês, e Bayern Munique, campeão alemão, mostraram ser superiores durante a fase do mata-mata e marcaram encontro, inédito, para decidir o campeão dos campeões, literalmente. Um duelo de gigantes e a promessa de um fantástico espetáculo.
Afinal, não se esperava menos de duas das formações mais poderosas da Europa, com alguns dos melhores protagonistas do futebol mundial, e um título em disputa... o que poderia faltar mais? Os adeptos, claro está. Contingêngias de um novo futebol, sem alma, mas pelo bem da saúde pública. Nada mais a acrescentar.
Quando Daniele Orsato, o árbitro italiano escolhido para ajuizar a final, deu o apito inicial, percebeu-se logo que as ideias, tanto de parisienses como de bávaros, não iam abdicar das suas ideias apenas e só pela importância do jogo.
Bayern muito mais confortável com a bola e numa pressão angustiante para o adversário, de linhas bem subidas, e no outro lado um Paris SG mais virado para as transições rápidas, explorando a velocidade dos seus três homens da frente - Neymar, Mbappé e Di María -, que se viram tantas vezes em situações claustrofóbicas dada a pressão imensa dos bávaros.
Ainda assim, após alguns minutos de reconhecimento tático, de parte a parte, a primeira grande oportunidade surgiu pelos pés de Neymar, que viu Neuer, gigante, mostrar o porquê de ser um dos melhores do mundo na sua posição.
A resposta foi quase imediata e através de Robert Lewandowski. O avançado polaco, melhor marcador da prova, com 15 golos, teve demasiada pontaria e acertou no ferro. Seguiram-se mais duas oportunidades para o parisienses e outra para o Bayern, todas sem o melhor fim, e o empate era o resultado ao intervalo.
Se em termos de posse, o domínio do Bayern era claro, em termos de oportunidades de golo o Paris SG conseguiu equilibrar, a miúde, a balança. Thiago Alcântara, uma autêntica formiguinha no meio-campo bávaro, iam pautando o jogo à sua maneira, encontrando espaços onde poucos vêem, e tapando os caminhos interiores para a baliza de Neuer.
7 anos depois, o 🇩🇪Bayern é novamente 🏆campeão europeu!! 👏 pic.twitter.com/JBWD2Mcn0g
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Sem conseguir ferir o adversário nas poucas oportunidades dignas de registo junto à área contrária, o Paris SG sucumbiu ao domínio bávaro, permitindo o golo num lance em que ficaram evidentes as lacunas no lado direito da sua defesa.
Kingsley Coman apareceu completamente solto, sem oposição de Kehrer, para cabecear para o 0x1 e dar uma injeção de conforto ainda maior ao Bayern Munique na procura do 6.º título da Liga dos Campeões.
O Paris SG ainda tentou responder, mas não teve a frieza necessária para ultrapassar Neuer. Um gigante no meio de gigantes! O caneco segue para a Alemanha e confere ainda mais brilho à caminha fantástica de Hans-Dieter Flick, o interino que virou caso sério.
Impressionante a forma como este Bayern Munique consegue dominar os adversários e ainda mais impressionante a maneira como apresenta a sua defesa tão subida. Só ao alcance de uma equipa confiante e com princípios bem assimilados.
Infelizmente, não era novidade que a final da Liga dos Campeões, assim como os jogos dos quartos e meias, seria à porta fechada, mas a realidade vista do estádio é desoladora. Num jogo de muitas emoções, ver as bancadas despidas é contranatura.