Cristiano Ronaldo bem tentou, marcou dois golos, mas a Juventus não vai a Lisboa. A equipa campeã italiana venceu o Lyon por 2x1, mas está fora da Liga dos Campeões pelo critério dos golos fora. A equipa de Sarri voltou a estar aquém das expectativas e sem Dybala (limitado fisicamente) nem os dois golos de Ronaldo foram suficientes para eliminar um Lyon que terminou a Ligue 1 em 7.º, mas que consegue o apuramento para a fase final da Liga dos Campeões em Lisboa.
Não foi uma boa primeira parte de qualquer uma das equipas, em particular da Juventus, que precisava de dar a volta à eliminatória e que nem por isso entrou bem no jogo, no entanto os primeiros 45 minutos tiveram em Felix Zwayer o principal protagonista. O árbitro tirou e deu em duas más decisões que marcaram o encontro.
O primeiro erro surgiu à passagem dos 10 minutos, quando o árbitro entendeu que o carrinho de Betancur para roubar a bola a um jogador do Lyon seria grande penalidade. O VAR não reverteu a decisão e Depay aproveitou para dar nas vistas com um penálti à Panenka que sobrevoou o polaco Sczesny.
A situação ficou ainda mais difícil para a Juventus, que com o golo do Lyon sabia que precisava de resolver a questão durante o tempo regulamentar. O problema estava na equipa de Sarri, que sem Dybala viu-se refém de Cristiano Ronaldo para contornar os problemas. O português foi bem marcado pelos defesas do Lyon, em particular Marcelo, que ainda teve tempo para tirar um golo cantado a Bernardeschi, tal como Anthony Lopes tirou a Cristiano Ronaldo num pontapé livre que parecia destinado a golo. Aí ganhou o guarda-redes português, mas o capitão da seleção nacional teve direito a mais oportunidades.
A primeira foi concedida por... Felix Zwayer. O árbitro viu uma mão na área do Lyon e apesar de muito discutível entendeu marcar penálti para a Juventus, que depois de ser prejudicada foi beneficiada pela decisão do árbitro alemão. Isso pouco interessou a Cristiano Ronaldo, que de penálti fez o 1x1 e voltou a colocar a Juventus em jogo.
A segunda parte teve algumas parecenças com a primeira, na medida em que a Juventus continuou sem qualquer ideia de jogo e o Lyon ia ficando aparentemente confortável. A equipa francesa apertou a marcação sobre o português, obrigando o avançado a recuar várias vezes para ir buscar jogo. No banco, Dybala ia assistindo a uma exibição pobre por parte da equipa de Sarri.
Sem qualquer brilhantismo coletivo, voltou a ser o mesmo Cristiano Ronaldo a dar uma luz de esperança à Vecchia Signora. O português voltou a recuar, mas desta vez não fez jogar. De pé esquerdo, o camisola 7 atirou uma bomba que Anthony Lopes não conseguiu impedir de chegar à baliza. O guardião ainda tocou na bola, mas o remate foi demasiado forte e acabou mesmo por entrar.
Apenas a um golo de distância da fase final da Liga dos Campeões em Lisboa, a Juventus arriscou mesmo tudo, incluindo Dybala. Com problemas físicos, o argentino foi chamado a jogo, mas acabou por sair lesionado logo após o primeiro remate à baliza do Lyon. Novamente, Cristiano Ronaldo voltava a lutar sozinho (Higuain, na frente de ataque, desperdiçou uma boa oportunidade após assistência do português), mas o «Senhor Champions» não conseguiu fazer mais. Com uma Juventus pobre, o Lyon até conseguiu ter bola junto à área de Sczesny e resistiu até ao apito final. Uma eliminação chocante para a Juventus, que acreditou na superioridade teórica e no fator Cristiano Ronaldo para chegar a Lisboa. Desta vez a Vecchia Signora fica mesmo por Itália.
O único a tentar remar contra a maré. O português estará certamente insatisfeito pela eliminação, não só pela eliminação em si mas também pelo que fez em campo, que merecia um prémio muito mais justo.
A Juventus fez um jogo pobre, mas a equipa de arbitragem conseguiu estar ainda pior. Dois penáltis mal assinalados que não foram corrigidos pelo VAR. Se isto é o nível Champions...
Analisámos a exibição da equipa de arbitragem na crónica e para nós foi de facto o pior da partida. Incompreensível como, com VAR, foram assinalados aqueles penáltis.