O herói e o vilão

O primeiro golo é uma obra de arte. A receção orientada e o remate que deixou Matheus sem resposta. Depois, e enquanto esteve em campo, foi sempre uma dor de cabeça para Raul Silva, acabando por causar a expulsão do central. Assumiu a grande penalidade e voltou a dar esperança à sua equipa. Exibição completa do avançado do Santa Clara até sair por lesão.

Um dos melhores dos açorianos. Sem medo de assumir o jogo, foi muitas vezes o responsável pelo perigo criado pelo Santa Clara. Foi recompensado pela exibição segura já perto do fim, quando acreditou e intercetou um passe de Esgaio. O consequente cruzamento para Carlos Júnior deu origem ao terceiro e decisivo golo da sua equipa.

A dupla do flanco esquerdo do Santa Clara merece destaque. Zaidu foi um deles e, para além da boa prestação, ainda juntou a assistência para completar a grande exibição. O mais avançado dos dois, criou várias vezes perigo e ainda ajudou, no processo defensivo, a dificultar a vida a Trincão e a Esgaio.

O maior responsável pela falta de produção do lado direito do ataque bracarense. Apoiado por Zaidu, formaram uma dupla intransponível e que causou muitos problemas à defesa dos visitantes. A par do seu colega, também tomou a iniciativa várias vezes e tentou surpreender Matheus.

O médio brasileiro foi o melhor dos minhotos, num jogo onde os processos habituais da equipa estiveram desaparecidos. Com a habitual presença no miolo, foi ele que pegou na iniciativa de jogo e, por várias vezes, arriscou o remate a tentar surpreender Marco. Na marcação da grande penalidade não tremeu.

Não esteve ao nível que já nos habituou, muito por culpa dos dois homens do flanco esquerdo do Santa Clara, mas, quando conseguiu soltar-se da sua posição, fez diferença. A surgir pelo meio, atirou com qualidade para o golo, mostrando um pouco da classe que o Barcelona viu nele. 

Sem grandes problemas até à meia hora de jogo, destacou-se, pela negativa, logo no primeiro golo do Santa Clara. David Carmo errou e o brasileiro demorou a pressionar Thiago Santana. Já na segunda parte, deitou tudo a perder com um disparate dentro da área, a derrubar o adversário, cometendo a grande penalidade e deixando a equipa a jogar com menos um. Uma exibição para esquecer.

Estava a ter uma exibição apagada, com a exceção de um passe que quase isolava Ricardo Horta. Sem nunca conseguir desiquilibrar, o avançado estava a ser facilmente marcado pela dupla de centrais do Santa Clara. Já perto do fim da partida, teve a oportunidade para marcar e ficar com os três pontos, mas falhou a bola de forma quase escandalosa.