Mark Clattenburg, árbitro inglês que chegou a ser distinguido como o melhor do mundo, deixou rasgados elogios a Cristiano Ronaldo. Em entrevista ao Daily Mail, o juiz que apitou a final do Euro 2016 recordou o jogo e admitiu ter ficado desapontado com a lesão de CR7, sofrida logo aos oito minutos do encontro.
«O que mais admiro nele é a capacidade de subir o nível quando a equipa está em baixo. Deu sempre o melhor, simplesmente sabia que estava a partilhar o relvado com um jogador único, que pode mudar o jogo num instante. E eu dava-me muito bem com ele. Quando subi as escadas para ir buscar a minha medalha depois da final do Euro'2016, ele tentou agarrar-me e dar um abraço. Era esse o respeito que tínhamos um pelo outro. Fiquei desapontado quando se lesionou nesse jogo, porque se perdeu um grande jogador», começou por dizer o juiz que, agora, apita na Super League da China.
O experiente árbitro inglês teve oportunidade de se cruzar com Cristiano Ronaldo em Inglaterra e em Espanha e recordou um presente que recebeu do internacional português.
«Nunca o tratei de forma diferente, acho que até é por isso que temos uma boa relação. Depois de um jogo, estava uma camisola no balneário, autografada: 'Para o Mark, do Cristiano Ronaldo'. Nem lha tinha pedido. Foi um gesto bonito. Acho que nunca lhe mostrei um cartão, talvez tenha sido por isso que recebi a camisola», revelou o juiz inglês de 45 anos.
Além de CR7, o árbitro inglês recordou ainda a primeira vez que teve oportunidade de apitar um jogo de Lionel Messi: «Quando arbitrei pela primeira vez um jogo dele emocionei-me. Foi um Barcelona x PSG e lembro-me de pensar 'meu Deus, isto é incrível'. Quando arbitras tens de olhar para a bola, mas com ele podes perder a bola de vista. Agora imagina os defesas...», acrescentou Clattenburg.
«Tive de mudar a forma de analisar a situação quando ele [Messi] tinha a bola. É tão hábil que os adversários têm de o parar de formas diferentes, às vezes a pisar um pé, outras a carregar a parte de cima do seu corpo... Adverti-o nesse jogo por pisar um adversário, mas nunca se queixou de nada», concluiu o árbitro.