Ao longo dos últimos meses, muito se tem escrito sobre a possível renovação de contrato de Jorge Jesus com o Flamengo. Porém, a pouco mais de um mês para o término do vínculo (junho) ainda não há fumo branco nas negociações.
Na origem deste impasse, recorde-se, está a diferença entre os valores pedidos por Jorge Jesus e os oferecidos pela direção do Flamengo. O técnico português fixou a fasquia nos sete milhões de euros anuais, mas o clube brasileiro apresentou, em janeiro passado, uma contraproposta de 5,8 milhões de euros.
Desde aí, as negociações ainda não sofreram grandes avanços. Pelo contrário. Devido à pandemia e à desvalorização do real em comparação ao euro - em junho de 2019, um euro valia 4,3 reais; agora um euro vale 6 - o Flamengo encontra-se agora numa posição mais difícil para negociar, uma vez que a desvalorização da moeda faz com que o valor exigido por Jorge Jesus custe ainda mais do que aquilo que custava há uns meses.
Nesse sentido, Marcos Braz, vice-presidente do Flamengo, confirmou este domingo que o processo ainda está a ser analisado, mas apelou à compreensão do técnico português.
«Todos os esforços serão feitos de novo. O presidente Rodolfo Landim autorizou, estamos a conversar com calma, mas surgiu esta pandemia. O euro já vale mais do que seis reais. Isso é mau. Estamos a analisar várias situações. Vamos fazer a nossa parte, mas não depende só do Flamengo. Dependemos também o Jorge entender o momento atual», afirmou em declarações à FlaTV.