Jesualdo Ferreira, Lucho González e Bruno Alves reencontraram-se à distância, numa conversa no âmbito do programa FC Porto em Casa, e lembraram os tempos que viveram num FC Porto tricampeão nacional, além de abordarem os planos futuros de cada um.
A falar desde Santos, Brasil, o experiente treinador apontou os dois experientes jogadores (ambos ainda em atividade) como dois «futuros grandes treinadores». «Eu não posso esquecer do que foste [Lucho] como jogador, porque tu e o Bruno eram dois treinadores dentro do campo. Entender o jogo é a primeira coisa que um treinador tem de ter», realçou o técnico. «O Lucho diz que vai para treinador, tu és maluco...», disse então o técnico em tom de brincadeira, passando para um tom mais sério depois: «Tu tens grandes condições para ser um grande treinador, porque tens liderança, algo que não se compra na farmácia. O mais difícil tu tens, conheces o jogo como poucos».
Por sua vez, o médio argentino, que falava desde Curitiba (joga no Athletico Paranaense), admitiu o sonho de treinar o FC Porto: «Primeiro tenho que me formar como treinador. Vou tentar ser treinador. Obviamente que sonho, por tudo o que representa na minha vida, é um dos meus sonhos».
Também Bruno Alves teve direito a elogios específicos de Jesualdo Ferreira. «O Bruno apropria bem as coisas. Tiveste sempre níveis de concentração elevadíssimos durante os 90 minutos, isso resolve 80% dos problemas durante o jogo», disse o treinador do Santos sobre o central do Parma, que falava desde Itália onde cumpre sozinho o período de distanciamento social.«Acima de tudo tenho um grande carinho pelos meus jogadores», realçou Jesualdo Ferreira. «Ainda hoje sou capaz de seguir aqueles que trabalharam comigo no FC Porto e ainda jogam. Quando os vejo, sinto-me treinador deles, sinto que estou a ganhar o que eles estão a ganhar, e a sofrer como eles».
Já numa sessão de respostas a perguntas colocadas por adeptos, tanto Bruno Alves como Lucho González lembraram vários momentos particulares vividos no FC Porto. O central foi convidado a apontar o avançado que lhe deu mais luta nos anos de azul-e-branco e escolheu Didier Drogba, então jogador do Chelsea: «Além da estatura e de ser forte fisicamente, era bom tecnicamente e muito veloz. Foi bastante difícil».
Quanto ao melhor jogo que viveu como atleta do FC Porto, o defesa lembrou: «O jogo em que fiz o golo ao Benfica em casa no último ano em que estava no FC Porto, a cruzamento do Belluschi. Foi uma época muito difícil em que acabámos por não ser campeões. Foram mil emoções ali ao mesmo tempo».
Lucho González escolheu um outro jogo: «Um momento que ficou muito marcado foi o jogo com o Benfica que ganhámos 2x1 com o golo do Kelvin. Poucos acreditavam que éramos capazes de vencer esse campeonato. Esse jogo ficou marcado, mostrou que num clube como o FC Porto nunca se desiste».
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— FC Porto (@FCPorto) April 5, 2020