Luiz Phellype, avançado do Sporting, revelou em entrevista ao jornal brasileiro Gazeta Esportiva como toda esta situação da pandemia do Covid-19 está a afetar Portugal e, em particular, o futebol.
«Aqui [em Portugal] o clima ainda é de tensão. No começo, as pessoas não deram tanto valor, o que acredito que tenha acontecido no mundo todo, não valorizaram tanto. Só que as coisas foram ficando sérias e houve um choque de realidade. As pessoas já não saem mais, só vão às ruas para ir ao mercado e voltam. E têm que entrar com senha, três de cada vez. Não sei até quando isto vai durar. Está muito difícil», começou por dizer o avançado dos leões, tentando sensibilizar os brasileiros para o perigo da pandemia.
«Pelo que acompanhei, vi que no Brasil, assim como aqui em Portugal, as pessoas demoraram a perceber o que realmente estava a acontecer, qual a gravidade da situação. Também não deram muito valor, com praias e bares lotados. As pessoas têm que se cuidar, senão a tendência é piorar, não tem jeito. No Brasil costuma ter muito mais aglomeração de pessoas do que na Europa. O cenário melhorou porque todos passaram a ter consciência. O que estamos a viver é muito serio, não é brincadeira, realçou Luiz Phellype, afirmando que os campeonatos deviam terminar.
«Sinceramente, prefiro que a temporada termine, que deem um jeito da melhor maneira possível, até para não termos complicações na próxima temporada. Debate vai existir, uns serão contra e outros a favor, mas acho que é o melhor a fazer. O plano deles parece que é mesmo encerrar o campeonato», referiu o avançado que está atualmente a recuperar de uma rotura no ligamento cruzado anterior do joelho direito, contraída no fim do passado mês de janeiro.
Acerca da lesão e do processo de recuperação em tempo de quarentena, Luiz Phellype garantiu que a sua recuperação está a decorrer dentro da normalidade.
«A minha recuperação segue normal porque só eu estou autorizado a vir ao Centro de treinos, justamente para poder dar sequência à minha fisioterapia, que preciso fazer todos os dias. Só eu e o fisioterapeuta. Venho, faço o meu treino e volto pra casa. Os demais jogadores estão todos em casa, fazendo treino por vídeo. Acho que o governo e a federação só autorizaram esse esquema àqueles que estão a fazer tratamento pós-cirúrgico. Quem tem lesões mais comuns não pode vir tratar. Seguem um roteiro e fazem tudo de casa», concluiu o avançado que, esta temporada, contava já com nove golos em 26 jogos.