Julian Weigl, médio do Benfica, concedeu uma entrevista ao jornal A Bola e falou ao detalhe sobre aquilo que espera ainda dar à equipa, recordando também o contexto da transferência para a Luz em janeiro, um ano depois de a hipótese Paris SG ter caído por terra.
«É verdade que tive uma oferta do PSG há um ano e o Dortmund, na altura, não permitiu que saísse. Mas o tempo não pára, as coisas mudam e as nossas vidas têm de adaptar-se aos novos desafios que surgem. Tive várias opções para sair do Dortmund em janeiro, mas pelo Benfica tive um feeling especial e desde o início, quando soube do interesse, que o meu coração pendia para aqui. E por isso, quando tive de escolher, na minha cabeça estava bem decidido que era o Benfica que eu queria», assegurou o médio ex-Dortmund.
A compra do passe por 20 milhões de euros ficou encaminhada quando Luís Filipe Vieira se deslocou à Áustria para fechar o negócio, altura em que Weigl já sabia o que queria: «Nessa altura já estava decidido e seguro que era a opção que queria seguir, não parava de olhar para o calendário ansioso pelo dia em que iria juntar-me ao clube e começar a trabalhar com a equipa. Sabia que estava a tomar a melhor opção para o meu futuro e que iria continuar a minha carreira num grande clube. E continuo com essa certeza».
Quanto à adaptação ao futebol do Benfica e à Liga portuguesa, Weigl assumiu que precisa de dar mais aos encarnados num campeonato em que os adversários adotam uma postura que o médio não esperava.
«Sou sempre eu jogando bem ou jogando mal. Sei que posso ajudar mais a equipa, sei que tenho de melhorar e controlar o jogo. É claro que quero fazer mais passes determinantes para os companheiros e com isso ajudar na nossa forma de jogar, marcar os ritmos de jogo, sobretudo do ponto de vista defensivo. Essas são as coisas que posso acrescentar à equipa. E, claro, acrescentar também a minha experiência: tenho muitos jogos internacionais nas pernas e acho que posso ajudar nessa parte», realçou.
«Aquilo que tenho sentido aqui é que nos jogos contra nós os adversários fecham-se muito, defendem muito e tentam jogar sobretudo em contra-ataque. Na Alemanha isso raramente acontece, as equipas menores tentam sempre pressionar, jogar olhos nos olhos».