Vic-54 25-04-2024, 06:41
O presidente da Federação Portuguesa de Futebol, Fernando Gomes, fez chegar às redações um texto em que explica o que sente em relação ao momento delicado que o Mundo está a atravessar e sugerindo o que se deve fazer nos próximos tempos.
«Nunca como hoje fizeram tanto sentido as palavras atribuídas ao jornalista e autor Nelson Rodrigues, que terá escrito há muitos anos: 'Entre as coisas menos importantes, o futebol é a mais importante.' A pandemia COVID-19 tem dado ao próprio futebol uma noção do que são as coisas verdadeiramente importantes: uma sociedade solidária, responsável e coesa frente ao perigo que, sem aviso, se viu forçada a enfrentar», sublinhou o presidente de 68 anos, citado pelo jornal A Bola, antes de abordar a suspensão de todas as provas nacionais do futebol português.
«Acreditamos que a família do futebol deu, na altura possível, os passos certos na direção certa. Ao suspender todas as competições de futebol nacional, FPF, Liga, Associações de Futebol, Clubes e Academias deram um sinal claro de que, utilizando a expressão feliz do vídeo de alerta ao COVID-19 feito hoje por vários dos nossos futebolistas, o que verdadeiramente precisamos é de fintar a doença», afirmou Fernando Gomes.
O presidente alertou ainda para a necessidade de apoiarmos as pessoas mais vulneráveis: «Gostaria, em nome da FPF, de deixar uma palavra de conforto a todos os que sentem amparados nesta hora tão difícil e outra de esperança de que, juntos, conseguiremos ultrapassar este obstáculo. Sabemos que uma sociedade informada e responsável será inevitavelmente melhor. Pedimos assim a toda a família do futebol, adeptos, simpatizantes e até a todos aqueles que não gostam de futebol, que sigam as indicações da Direção Geral de Saúde, nomeadamente as medidas preventivas que como cidadãos devemos adotar para conter a propagação do vírus».
Com a decisão de suspender todos os campeonatos nacionais por tempo indeterminado, Fernando Gomes mostrou-se confiante que tanto o futebol como a vida eventualmente voltarão ao normal. «Confiamos que juntos iremos superar este momento e que voltaremos seguramente a viver sem medo. E, então sim, poderemos, de novo, ser a mais importante coisa das menos importantes», finalizou.