O (re)médio para os males do ataque

Na falta de força no ataque, evidenciou-se o camisola 27. Uma verdadeira exibição todo o terreno. Fartou-se de correr para ajudar no ataque e na defesa. E em ambas esteve irrepreensível. Muito competente a afastar, por várias vezes, o perigo da área dos dragões, ainda teve tempo de ser decisivo no resultado ao assistir, com grandes passes, os dois golos. 

Se tem sido criticado pelos adeptos portistas, também é preciso dar mérito quando merece. O lateral foi um dos melhores em campo na partida. Foi ele que desbloqueou a partida quando inaugurou o marcador num lance onde tem muito mérito. A iniciativa, a receção e a finalização são de grande qualidade. Também não comprometeu na defesa até ser substituído aos 84 minutos.

O lateral do Santa Clara mostrou desde muito cedo para o que vinha. Nos primeiros 20 minutos estava a ser o melhor campo, com muitas investidas pela esquerda, obrigando Otávio e Manafá a darem muita atenção às suas movimentações e condicionando a saída dos portistas. Na defesa esteve seguro.

Um poço de força no miolo açoriano. Esteve sempre forte na luta pelo meio campo que, muitas vezes ganhou. Dificultou muito a vida do dragões no processo ofensivo devido à sua presença. No momento ofensivo da equipa também foi importante, ajudando a construir as jogadas de ataque.

Hoje com tarefas mais ofensivas, o mexicano aproveitou a liberdade no ataque para voltar a fazer das suas. Sempre muito imprevisível, foi uma dor de cabeça para a defesa açoriana até sair com algumas queixas físicas. A partir de um dos lados ou pelo meio, o camisola 17 dá sempre outra cor ao jogo.

O central acumulou uma série de erros que saíram caros à sua equipa. Logo a abrir, quase marcava um auto golo a tentar atrasar a bola, depois fica muito ligado aos dois golos portistas. Faltou rapidez para acompanhar Manafá no primeiro e permitiu Marcano saltar mais alto no segundo. Nota negativa numa noite para esquecer...

Foi notória a falta de ritmo do médio que foi capitão nos Açores. De volta à equipa depois de algum tempo, o internacional português perdeu a bola por várias vezes e esteve pouco presente no processo defensivo até perto do fim. Na dupla de meio-campo foi uma sombra de Sérgio Oliveira.

Numa noite que os dois habituais avançados do FC Porto tiveram exibições apagadas, Marega foi o escolhido para representar a falta de força do ataque portista. Nos Açores, nem a sua força fez a diferença.