ricardocunha251 25-04-2024, 12:16
É verdade que acaba por ser decisivo com o golo, mas o contributo foi muito mais amplo. Participou em várias jogadas perigosas, deu soluções à equipa, mostrou-se disponível no passe e na criação de jogo. Ao abrir algumas clareiras e ao demonstrar, novamente, falhas na transição defensiva, o Benfica permitiu que Kovalenko se sentisse em casa. Este médio é inteligente e capaz com bola, sendo muito perigoso, como se viu no lance do golo, nas movimentações de trás para a frente.
Aos 30 anos, leva oito épocas de Shakhtar e demonstra ser uma das referências da equipa dentro e fora do campo. Diante do Benfica, foi lateral e defesa apenas no papel, pois destacou-se verdadeiramente do meio campo para a frente. Muito acima da média a capacidade de Ismaily em subir e em criar problemas aos adversários com movimentos de trás para a frente. Velocidade, capacidade técnica e um sem número de lances perigosos para Vlachodimos.
Nesta fase de quase total desinspiração coletiva, o seu contributo é ainda mais importante. Vlachodimos já tinha respondido ao mais alto nível contra Famalicão ou Sporting de Braga e o regresso à Europa confirmou apenas que é uma das poucas boas notícias deste fevereiro complicado para o campeão nacional. Ficou um pouco mal na fotografia no golo anulado, é certo, mas impediu golos certos de Marlos, Moraes ou Kovalenko.
Assinalou contra o Benfica a marca dos 300 jogos e não deixou de responder de forma assertiva em campo. Se foi brilhante? Não; Se teve influência decisiva no resultado final? Também não. Mas foi muito importante pela forma como anulou uma série de investidas do adversário, pela maneira como respondeu com serenidade e qualidade na luta do meio campo. É uma das referências para Luís Castro.
Não conseguiu ter protagonismo nas combinações com Cervi, muito menos no cruzamento durante a primeira parte e o Benfica sofreu com isso, não conseguindo aproveitar a qualidade do seu flanco esquerdo para criar verdadeiro perigo. Na segunda parte, especialmente depois do minuto 60, o espanhol voltou a ser aquele jogador criativo, de toque, com capacidade técnica e com inteligência para dar várias soluções à equipa, por fora e por dentro. Apareceu demasiado tarde.
Exibição claramente marcada pelo erro grave no lance do segundo golo do Shakhtar. Pelo erro ou pelos vários erros, pois o português não foi capaz de cortar a bola, de a passar e de a proteger para a linha final, permitindo a recuperação em zona decisiva do adversário. Uma abordagem completamente ao lado que deixou o Benfica outra vez em desvantagem, um momento de desinspiração que pode ser importante no desfecho da eliminatória.
Jogo inseguro, pouco capaz do médio que chegou a ser titular no final da época passada. Somou uma série de más abordagens durante os primeiros 45 minutos, com e sem bola, e não conseguiu ser o pêndulo que a equipa necessitava. Está a passar uma fase apagada, em que as suas qualidades não vêm ao de cima. Tem qualidade, mas voltou a desiludir nos relvados ucranianos.
Mais uma exibição frágil do melhor marcador do campeonato passado. Andou desaparecido, não deu soluções em apoio, não explorou a profundidade e somou um sem número de más receções e ações. Não está a atravessar um bom momento e arrisca-se a perder a posição de alternativa para Dyego Sousa.
2-1 | ||
Alan Patrick 56' Viktor Kovalenko 72' | Pizzi 66' (g.p.) |