Está mais difícil a posição do Tottenham na Liga dos Campeões. A equipa orientada por José Mourinho saiu derrotada do encontro da primeira mão dos oitavos, frente ao RB Leipzig (0x1), complicando a missão para o segundo duelo com o conjunto germânico.
Sem duas das suas principais figuras (Kane e Son), os spurs tiveram sempre muitas dificuldades para lidar com um Leipzig muito mais confiante e competente em todos os momentos do jogo, mesmo com algumas baixas também. Demérito para a equipa da casa, que optou por uma postura muito mais defensiva e acordou tarde para uma possível discussão do resultado final.
11 remates contra três. 63% de posse de bola contra 37%. Os números não deixam margem para dúvidas em relação ao domínio do RB Leipzig, em Londres. Os alemães entraram pressionantes e mostraram-se fortíssimos no contragolpe, construindo jogadas com grande qualidade.
Na 1.ª meia hora de jogo, o 🏴Tottenham só fez um remate - o 🇩🇪RB Leipzig fez 11 pic.twitter.com/uKN5sodojK
— playmakerstats (@playmaker_PT) February 19, 2020
O Tottenham sentiu imensas dificuldades para lidar com a intensidade imposta no jogo pelo adversário e bem pode agradecer a Hugo Lloris o facto de ter aguentado o nulo até ao intervalo. O guarda-redes francês disse 'presente' sempre que foi chamado a intervir e mostrou o porquê de ser um dos melhores do mundo na sua posição.
O único momento digno de registo por parte dos londrinos teve a assinatura de Gedson Fernandes, com o internacional português a ganhar muito bem o corredor e a cruzar para Dele Alli desperdiçar em boa posição. Pedia-se um finalizador, mas Mourinho não tem alguém capaz de assumir as responsabilidades naquela posição.
O nulo era por isso um mal menor para uma equipa que entregou os primeiros 45 minutos ao adversário.
O Tottenham apresentou um pouco mais de critério na segunda metade, mas nem isso evitou que o Leipzig continuasse por cima da partida nos primeiros minutos. Mourinho deu asas ao adversário e o conjunto germânico aproveitou para se colocar em vantagem no marcador.
26.º ⚽golo de Werner esta época, o 4.º na Champions
⚠Werner não marcava há 5 jogos (todas as competições), o seu pior registo da temporada pic.twitter.com/g4jP2M1OBR
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Uma má abordagem de Ben Davies a uma bola dividida com Timo Werner no coração da área do Tottenham não deixou dúvidas ao árbitro Cuneyt Cakir. O turco apontou para a marca dos onze metros e Werner não desperdiçou. Lloris ainda adivinhou o lado, mas não conseguiu evitar o 0x1.
Pouco depois, em mais uma transição impressionante do Leipzig, com Angeliño na condução e Werner na simulação, valeu nova intervenção de Lloris a remate de Schick, a negar o segundo ao conjunto de Julian Nagelsmann.
O Tottenham despertou apenas a partir dos 70 minutos, já depois das saídas de Gedson e Alli (muito desiludido com a decisão de Mourinho), e ainda forçou Gulacsi a duas intervenções complicadas, ambas de livre direto.
A segunda mão está agendada para 10 de março e será preciso um super Tottenham para seguir em frente na competição.
Que entrada do RB Leipzig no jogo! Não deixou o adversário respirar e não descansou até conseguir chegar a um golo que lhe permitisse encarar a segunda mão dos oitavos com um pouco mais de confiança. Tanto procurou que o encontrou! Muito mérito.
A jogar em casa uma primeira mão de uma fase a eliminar, não é compreensível esta postura mais defensiva de Mourinho no encontro. É verdade que apanhou uma equipa muito pressionante do lado contrário, mas isso não explica todas as faltas de ideias neste encontro. Acordou tarde para o jogo.
Cuneyt Cakir marcou posição com um critério disciplinar muito rígido nos primeiros minutos. Decidiu bem no lance que marca a história do jogo. No cômputo geral, arbitragem positiva do árbitro turco.