Bem-vindos ao show de Haaland. A grande revelação desta edição da Liga dos Campeões mostrou que chegou para ficar depois de mais uma grande exibição, desta vez já ao serviço do Dortmund. O norueguês ajudou os alemães a bater o Paris SG (2x1) e a levar vantagem para a segunda mão.
Para o regresso dos grandes palcos da Europa, as duas equipas tinham surpresas preparadas, mas por razões diferentes. Os alemães apresentaram um onze com os reforços de inverno Haaland e Emre Can. O jovem norueguês tem sido uma das revelações desta edição da Liga dos Campeões, que lhe valeu a transferência para Dortmund.
Do lado dos parisienses, a grande surpresa foi o regresso de Neymar, fora da competição desde o início do mês. O espetáculo começou ainda antes do apito inicial, quando as bancadas sempre a abarrotar do Signal Iduna Park cantaram, em uníssono, o «You'll Never Walk Alone».
Com esquemas muito parecidos, compostos por uma linha de três centrais e os laterais com liberdade para ajudar no ataque, as equipas dividiram muito da posse de bola nos primeiros minutos. No entanto, foi o PSG a ameaçar primeiro com um livre direto de Neymar a tirar tinta ao poste de Burki.
O que aconteceu depois disso foi, verdadeiramente, um jogo de sentido único. Graças a uma estratégia muito bem estudada, o Dortmund anulou por completo a estratégia dos homens de Tuchel e explorava o contra golpe com Haaland e Sancho sempre muito rápidos a atacar o espaço nas costas da defesa francesa.
As melhores oportunidades da primeira parte foram da autoria destes dois, mas Keylor Navas também respondeu bem às tentativas. O costariquenho foi dos mais seguros da equipa de Paris e, em grande plano, permitiu a equipa ir com esperança para o intervalo.
Para o segundo tempo, ficaram guardados os golos e o show de Haaland. Numa altura em que o Paris SG até estava melhor na partida, o norueguês abriu o marcador depois de uma jogada excecional dos alemães. Sancho, Hakimi, Guerreiro e a bola sobrou para o reforço que foi letal.
Mas quem tem craques como Mbappé e Neymar, sujeita-se sempre a marcar. Dois minutos depois do golo caseiro, combinaram para o golo da igualdade. A altura do jogo parecia favorecer os franceses que souberam reagir ao golo sofrido na altura que o controlava.
Mas há uma nova estrela em Dortmund, o que não é surpresa, até pelo que já tinha feito até agora na competição. Haaland arrancou sozinho, arranjou espaço e rematou com toda a potência para o fundo das redes. Um verdadeiro brilharete.
O Dortmund mostrou toda a sua força e leva a vantagem para a segunda mão no Parque dos Príncipes. Do lado do Paris SG, notou-se uma certa falta de ritmo, sobretudo quando enfrenta adversários de um nível superior aos que encontram na Ligue 1.
Primeira grande noite a meio da semana para o norueguês que confirmou o que se tem visto. Claramente feito para estes palcos, mostrou mais uma vez que é uma das grandes estrelas desta Liga dos Campeões.
Pouco habituados a jogar contra grandes adversários, este Paris SG apresenta-se uns furos abaixo quando têm verdadeiros rivais. Não que falte qualidade individual, mas estes palcos são diferentes do que os que visitam aos fins-de-semana na liga francesa.
Mateu Lahoz teve uma exibição tranquila e sem grandes casos polémicos. Na vertente disciplinar não deu grandes hipóteses para faltas mais graves e soube controlar o jogo.