A ganhar por 0x2 ao intervalo, o Milan permitiu ao Inter que a lei do (atual) mais forte imperasse. Milão começou a noite rossonera, acabou-a nerazzurri. Tal como a Serie A, que, depois da derrota da Juventus, tem nova liderança partilhada, com a Lázio a um ponto apenas.
Como qualquer dérbi, o nervosismo inicial, traduzido tanto em cautelas defensivas como em precipitações desnecessárias, fizeram com que demorasse a fluir o futebol e, assim, a emoção. E seria porventura um dos mais emocionais do jogo a dar-lhe a primeira cor.
Num ápice, a fechar a primeira parte, Ibrahimovic adotou as luzes do estádio para si, primeiro ao assistir de cabeça para o golo de Rebic (deixou Rafael Leão no banco), depois ele mesmo a finalizar, também de cabeça, uma bola vinda de um canto na direita.
Ao intervalo, o 0x2 sugeria que este Milan estava mesmo em recuperação e reabilitação. Só que a pedalada do Inter é outra...
A apatia do primeiro tempo foi pontapeada por Brozovic, num remate sem preparação de fora da área que fez acordar o Giuseppe Meazza, e a partir daí tudo foi diferente, bem diferente.
Dois minutos depois, Vecino já tinha o jogo empatado, isto tudo perante um Milan apático e sem conseguir contrariar a tendência inversamente proporcional que o jogo ia tendo. Por isso, não admirou que De Vrij, após canto desde a direita, consumasse uma reviravolta que se podia adivinhar.
A reação milanesa veio depois, nos últimos minutos, com Leão, Paquetá e Bonaventura em campo, com Zlatan a atirar ao ferro (Eriksen também o tinha feito na baliza contrária), mas sem que o Inter permitisse que lhe fossem retirados os três pontos e confirmando-os pelo inevitável Lukaku, a marcar nos descontos após cruzamento de Moses.
4-2 | ||
Marcelo Brozović 51' Matías Vecino 53' Stefan de Vrij 70' Romelu Lukaku 90' | Ante Rebic 40' Zlatan Ibrahimovic 45' |