Continuam a faltar palavras, mas vamos tentar: épico, histórico, extraordinário, incrível, merecido e... expectável! Ao longo deste Euro'2020, Portugal mostrou ser uma das melhores nações em prova e confirmou-o. A Seleção nacional venceu a Hungria por 34x26 e atingiu a sua melhor classificação de sempre em Europeus.
Com este triunfo, a turma de Paulo Pereira garantiu o terceiro lugar do Grupo II da Main Round e apurou-se para a disputa do quinto lugar no Euro'2020, não estando dependente do desfecho do Islândia x Suécia. O próximo compromisso está marcado para sábado (25 de janeiro), frente à Alemanha; além disso, está garantida a vaga no torneio de apuramento para os Jogos Olímpicos.
Como tem sido apanágio, Alfredo Quintana encheu a baliza, dando o corpo e a cara (literalmente) às balas. Isto foi ponto de partida para uma grande primeira parte. Apesar das habituais dificuldades lusas nos ressaltos e também em anular Zsolt Balogh, houve algo que fez a diferença: lucidez e eficácia ofensiva.
Tal como mostrou ao longo da qualificação para este Campeonato da Europa, a Seleção portuguesa não claudicou nem mostrou sinais de nervosismo, típicos de quando grandes momentos se aproximam... Os húngaros iam mudando os seus sistemas defensivos (mais subido, mais baixo, 5x1), mas nada resultava, principalmente defesa ao pivô, onde Daymaro Salina e Alexis Borges fizerarm muita mossa.
A vitória parecia não fugir, mas havia mais um objetivo em mente: vencer por mais de cinco golo para não depender do Islândia x Suécia. Com muita calma e frieza, Portugal fechou-se na retaguarda e foi letal no ataque, nomeadamente em contragolpes. Márton Székely ainda rendeu o desamparado Roland Mikler na baliza magiar, mas de nada valeu.
Em termos individuais, Bélone Moreira (7) foi o artilheiro da Seleção portuguesa, seguida pelos 100% eficazes António Areia (5), Alexis Borges (5) e Daymaro Salina (5). Na equipa magiar, Zsolt Balogh (5) e Bence Bánhindi (5) foram os elementos mais concretizadores.