Taarabt estendeu o tapete para o capitão brilhar

A marcar ou a assistir, a influência de Pizzi no Benfica é cada vez maior. Na noite em que envergou a braçadeira de capitão, o médio até fez um primeiro tempo discreto, salientando-se algumas participações no ataque. Na etapa complementar, quando a equipa precisava de começar a atirar à baliza russa, surgiu Pizzi. Primeiro ofereceu o golo a Franco Cervi e depois assumiu o penálti. Influência máxima!  

A par de Pizzi, Adel Taarabt foi uma das figuras incontornáveis do jogo. Foi inúmeras vezes procurado pelos companheiros, que esperavam dele rasgos de inspiração materializados em passes. Além dessa capacidade, o internacional marroquino brindou a Luz com grandes recortes técnicos (dois túneis muito 'feios'). 

À semelhança do que aconteceu em São Petersburgo, Artyom Dzyuba foi uma grande dor de cabeça para a defesa encarnada. Além da força e velocidade, o ponta de lança também demonstrou destreza técnica, ultrapassando os marcadores diretos em algumas ocasiões. Foi o mais esclarecido dos forasteiros.

O seu regresso às opções de Bruno Lage tem sido um verdadeiro sucesso. Continua em crescendo e, depois do golo no Bessa, voltou a fazer o gosto ao pé. Sempre em alta rotação, fez estragos na ala esquerda (com Grimaldo) e foi um dos principais desequilibradores. Acabou por ser recompensado com o golo, numa jogada que iniciou com uma boa simulação.

Com Taarabt, tomou conta do miolo e abafou a iniciativa de jogo do Zenit. Apesar de ter tido lances de displicência em que perdeu bolas em zonas perigosas, conseguiu recuperar bem. No capítulo do passe cresceu e defensivamente foi um porto-seguro.

Numa espécie de throwback a outros tempos, Álex Grimaldo fez uma parelha venenosa com Franco Cervi. O lateral espanhol mostrou grande acutilância no corredor esquerdo, apoiou sempre Cervi e deu muito trabalho a Vyacheslav Karavaev.

O início de jogo foi tremido, com Pizzi e Chiquinho a surgirem na sua zona com perigo. Acabou por estabilizar, mas borrou a pintura. Numa péssima abordagem, jogou a bola com a mão fez o penálti que originou o 2x0, foi expulso e comprometeu a estratégia da sua equipa que caiu de um lugar nos oitavos de final da Champions... para fora da Europa.

Perante um possante Dzyuba, Rúben Dias demonstrou muitas dificuldades. Foi várias vezes batido pelo ponta de lança russo e teve de recorrer à falta em algumas ocasiões. Também apresentou lacunas no encurtamento de espaços quando os adversários partiam para cima dele, em progressão. Aspetos a melhorar.