Após o empate na Madeira, o FC Porto seguiu bem embalado na Liga NOS, mas agora chegou mais um tropeção. Em encontro a contar para a 13ª jornada, o emblema da cidade Invicta empatou 1x1 na visita ao Belenenses SAD, ficando agora a quatro pontos do líder Benfica.
Como era expectável, Sérgio Conceição fez uma revolução, comparativamente ao encontro com o Casa Pia, deixando apenas Wilson manafá no onze. No ataque, Marega e Zé Luis fizeram parelha, enquanto Danilo Pereira e Loum voltaram a preencher o miolo. Já o técnico Pedro Ribeiro optou pela estabilidade e efetuou apenas uma mudança: saiu Robinho para a entrada de André Santos.
Num relvado de «barba branca», os dragões aproveitaram para impôr a sua maior pujança física e entraram acutilantes, na procura da profundidade dos seus avançados e do corredor esquerdo, que contou com Corona e Telles. Otávio deu o primeiros avisos e o mote para uma enorme ofensiva azul e branca, que provocou vários pedidos de penálti (bem ajuizados por João Pinheiro) resultantes de alguns lances confusos.
No meio de tanto desnorte, os azuis e brancos acabaram por (aparentemente) estabilizar as emoções e responderam com o oportunismo de Loum, mas o golo do senegalês foi (bem) anulado pelo VAR, que descortinou um fora de jogo de Danilo. Este lance voltou a desconcentrar os nortenhos, que viram Marchesín negar novamente o golo a Licá, com uma defesa corajosa. Numa noite cinzenta, o FC Porto viu alguns raios de sol quando Tiago Esgaio varreu Jesús Corona e Alex Telles fez o 1x1 da marca dos 11 metros.
Os primeiros 27 minutos da etapa complementar são fáceis de resumir. Além da desmarcação perigosa de Licá e de alguns lances individuais de Corona, não houve remates à baliza. Para dar um pontapé nesta monotonia, Sérgio Conceição lançou Shoya Nakajima e Sérgio Oliveira e foi o médio que abanou o jogo, através de um livre direto, que esbarrou no poste (Hervé Koffi ainda tocou na bola com a ponta dos dedos).
O que acabou por chegar, procedido de alguma confusão, foi o apito final do árbitro João Pinheiro, sentenciando a divisão pontual e mais uma escorregadela dos azuis e brancos, que voltam a perder terreno para o rival Benfica. Já os pupilos de Pedro Ribeiro somam um ponto importante e seguem confortáveis no 12º lugar, em igualdade pontual com o Rio Ave (que tem menos um jogo).
Na antevisão do encontro, Pedro Ribeiro avisou que a sua equipa iria manter-se fiel à sua filosofia e não mentiu. Arrojado na construção, o Belenenses SAD optou por construir em apoio e chegar organizado ao ataque. Boa imagem.
Marchesín foi fundamental e 'safou o pêlo' em erros crassos da defesa portista, mais concretamente Marcano e Manafá. Além disso, a excessiva procura da profundidade e do corredor esquerdo facilitou a tarefa defensiva da turma de Pedro Ribeiro.