Vitória Futebol Clube e Vitória Sport Clube, dois históricos do futebol português, empataram (1x1), este domingo, no Estádio do Bonfim, em encontro da 12.ª jornada da Liga NOS. André Pereira ainda colocou os vimaranenses em vantagem perante a sua antiga equipa, mas o argelino Ghilas tinha outros planos.
Pese o empate a meio da semana na receção ao Liège, Ivo Vieira gostou da exibição da sua equipa na ronda europeia e deu conta disso mesmo na escolha do onze para o duelo no Bonfim. Apenas uma alteração, e forçada, por culpa da lesão de Bruno Duarte.
Passemos para o relvado. A primeira parte mostrou um bom jogo no Bonfim, com as duas equipas a mostrarem argumentos para a vitória e com estratégias muito interessantes. Os setubalenses tiveram mais lances ofensivos, mas do outro lado também houve hipótese de marcar.
Só não houve golos por culpa destes dois homens: Makaridze e Douglas. Os dois guarda-redes foram autênticas muralhas e anularam as intenções dos adversários. Que o digam Edwards (13' e 45') e Ghilas (37')...
Os bons sinais deixados pelas duas equipas na primeira metade deixaram no ar a forte expectativa para perceber qual dos Vitórias ia ceder no segundo tempo. Ou se simplesmente a boa organização coletiva e a inspiração dos dois guarda-redes iria impedir a saída do nulo.
A vantagem vimaranense durou apenas 12 minutos e foi claramente condicionada por um erro de Denis Poha. Perda de bola do médio francês, com esta a sobrar para Ghilas que, no espaço entre os centrais Tapsoba e Pedro Henrique, só teve de desviar o esférico de Douglas.
Após o golo sofrido, o Vitória da cidade de Guimarães mostrou alguma incapacidade física para ir de novo em busca da vantagem, pese as boas entradas de João Carlos Teixeira e Ola John, e o jogo foi correndo a passo curto para o final, com o Vitória sadino a arriscar também pouco. Em suma, empate que se ajusta.
Assim que foi conhecida a constituição das equipas, percebeu-se que seria um dia especial, sobretudo para Nuno Pinto. O lateral-esquerdo venceu a mais dura das batalhas e regressou à titularidade, em jogos a contar para o Campeonato, cerca de um ano depois. Um exemplo!
O desgaste físico dos homens do Vitória SC também poderia figurar neste espaço, mas decidimos escolher o erro de Poha, pelo momento em que foi cometido e por ter colocado toda a estratégia pós-vantagem em causa.
Arbitragem positiva de Manuel Oliveira no Bonfim. Controlou muito bem as incidências e só precisou de mostrar cartões (três) na etapa final.