«Valoriza-se pouco o que temos feito. Olham mais para o que ainda não fizemos»

Em grande nas competições europeias, o SC Braga ainda não encontrou regularidade na Liga NOS. Ainda assim, Sá Pinto mostrou-se confiante no percurso da equipa e apontou, de forma otimista, para os objetivos da temporada. 

Em entrevista ao jornal Record, o técnico dos bracarenses fez um breve rescaldo da época até ao momento e ainda abordou vários assuntos na agenda como as polémicas do antijogo e das arbitragens.

Depois um início atribulado, os Guerreiros têm conseguido juntar alguns resultados positivos, que permitiram subir ao nono lugar. Para Sá Pinto, o percurso está a ser «muito bom», mencionando mesmo um «orgulho» no que a equipa fez até agora.

«Gostávamos de ter mais pontos na classificação, mas não se pode dizer que não merecêssemos. Houve vários jogos em que não conseguimos pontuar e nos quais merecíamos até ganhar. Queríamos estar mais para cima, mas estamos na 11ª jornada e numa boa posição para chegar lá. Nos últimos dez jogos para todas as provas, somos a equipa portuguesa que mais ganha, a melhor. E isto engloba os três grandes. E eu acho valoriza-se pouco o que temos feito. Olham mais para o que ainda não fizemos. Tipicamente português», afirmou.

A campanha na Liga Europa tem sido positiva e isso não passa ao lado da equipa técnica, que percebe a importância destes resultados: «Temos feito coisas extraordinárias, desportiva e financeiramente. Já encaixámos mais de seis milhões, o que é significativo. Estamos em primeiro no grupo da Liga Europa, na Taça de Portugal, em primeiro na Taça da Liga, e no campeonato estamos a um ponto de 5º lugar.»

Sem traçar objetivos concretos, Sá Pinto mencionou o quarto lugar «falado com o presidente» e a disputa das Taças, pois considera que «no SC Braga existe uma história de estar perto das decisões».

Sobre as polémicas, o treinador foi igual a si próprio e não se conteve nas palavras. O antijogo foi uma delas: «Já fomos vítimas disso este ano. Um guarda-redes sentir que a equipa está a ser massacrada e deitar-se depois de um toque, é normal. Faz parte. Nós portugueses, somos fantásticos a contornar regras.» As arbitragens também foram mencionadas, com o técnico teceu algumas críticas, confessando que «há um sentimento de injustiça» pois houve decisões que acabaram por prejudicar os minhotos.

A terminar, Sá Pinto abordou o VAR: «Não consigo perceber como é que ainda estamos a falhar. Se há situações de golo, de penálti, de cartão, tem de ver! São situações evidentes que podem marcar um jogo. Tem de consultar. Temos ferramentas, mas não sabemos utilizá-las. Os árbitros devem ser mais rigorosos.»