Pouca parra e nenhuma uva

A altura de pausa para seleções vai dando para alguns acertos de calendário na LigaPro. Foi o que fizeram Penafiel e Feirense, que nas imediações do Douro se ficaram por um empate a zero, num jogo entre duas equipas que andam longe dos lugares de subida, que recearam perder e, muito por isso, acabaram por dividir os pontos em jogo da oitava jornada. Uma e outra equipa continuam sem ganhar no campeonato desde meados de setembro.

Filipe Rocha estreou-se no comando do Feirense ©Vítor Parente / Kapta+

Depois da passagem inglória pelo Paços de Ferreira no primeiro escalão, Filipe Rocha regressou ao segundo, onde foi protagonista na temporada passada graças à notável recuperação que conseguiu no Sp. Covilhã. Estreou-se agora no banco do Feirense, onde sucedeu a Filipe Martins, e esteve sempre muito interventivo na correção dos posicionamentos.

Foi um jogo de muita luta, muitos duelos físicos, muitas faltas... e poucas ideias. Na primeira metade, três amarelos mostrados e igual número de ocasiões de golo, se contarmos um lance anulado pela equipa de arbitragem. O Penafiel de Miguel Leal teve uma oportunidade ainda no primeiro quarto de hora, quando Yuri Araújo (que se veria forçado a sair perto do intervalo) desperdiçou em frente à baliza depois de um cruzamento vindo do flanco direito.

Viram-se muitos duelos físicos e poucas ocasiões de golo ©Vítor Parente / Kapta+

Na equipa fogaceira, Fábio Espinho vagueava perto de Fati e N'Sor no ataque, com Feliz a ocupar uma zona mais recuada sobre a linha do meio-campo. Ia havendo soluções para travar as investidas de Ronaldo Tavares, Ludovic, Yuri e companhia, mas não tanto para descobrir o caminho para o golo. Foi de bola parada, batida por Fábio Espinho e desviada por Ícaro para uma defesa difícil de Luís Ribeiro, que chegou a primeira grande ameaça do Feirense, que veria o árbitro anular um golo por posição irregular de Feliz.

Para lá do intervalo, com cara nova no ataque penafidelense (Gleison), muito do que já tínhamos visto. Algumas bolas altas em busca de alguma sorte que não acontecia, jogo apoiado pouco impressionante, ocasiões claras quase nulas. Equilíbrio nos remates e nas faltas, o Feirense com ligeiro ascendente na posse de bola mas a não criar grande perigo além das bolas paradas, que também eram arma ineficaz dos da casa.

Com alguma naturalidade, houve nulo até ao fim, o Penafiel a subir a 9º, o Feirense a igualar a pontuação do Benfica B em 11º e a sensação de que entre estas equipas a quem se pede mais não errar foi sempre mais importante do que acertar.