O Braga voltou ao refugiar-se na Europa ao vencer o Besiktas por 3x1, deixando a qualificação praticamente garantida. Perante uma equipa turca muito passiva e em vantagem numérica desde a primeira parte, os arsenalistas nem realizaram uma exibição de encher o olho, mas foi suficiente para garantir o triunfo e afastar as críticas, pelo menos para já.
O conforto europeu começou a sentir-se cedo, com um Braga balanceado e com Ricardo Horta e Paulinho a animarem os primeiros minutos. A combinação entre os homens da frente não resultou à primeira, mas deu canto e foi daí que nasceu o primeiro da partida, num belo cabeceamento de Paulinho, ainda que perante uma defesa turca muito passiva.
A igualdade ainda assustou, mas depressa se percebeu que se o Braga acelerasse a equipa turca - muito longe do Besiktas que dominou o futebol turco - não teria capacidade para acompanhar e foi exatamente o que fez Galeno. O extremo arrancou pela esquerda lançado por Sequeira, Uysal não conseguiu acompanhar e o brasileiro ofereceu o empate e o bis a Paulinho, que ainda contou com a ajuda de uma péssima abordagem de Karius para devolver a vantagem aos guerreiros. Vantagem essa que ficou ainda mais segura já perto do intervalo, com a expulsão de Jeremain Lens.
Com a vantagem no marcador e no número de jogadores dentro de campo, o Braga apresentou-se na segunda parte com a gestão do resultado em mente, bem como do esforço, já a pensar no dérbi do Minho. Ainda assim, Fransérgio podia ter dilatado a vantagem em duas ocasiões pouco depois do reatar, mas faltou arte ao médio brasileiro.
Foi em boa hora que o Braga segurou a vantagem e ainda melhor o timing de Wilson Eduardo, que respondeu da melhor forma a um cruzamento de Galeno - Karius novamente mal - e acabou com as dúvidas no marcador. Até final, os arsenalistas ainda podiam ter voltado a festejar em duas ocasiões, mas o resultado acabou por não sofrer qualquer alteração.
A rapidez com que Galeno se tornou preponderante neste Braga é quase a mesma com que ultrapassou Uysal no lance do segundo golo. Mais uma vez, o extremo brasileiro esteve em destaque e ajudou a desbloquear e a decidir a partida com duas assistências completamente decisivas.
Quem não acompanha o futebol turco terá, certamente, ficado chocado com a falta de competitividade do Besiktas. Muito passivos em quase tudo, sem ideias - futebol muito pobre e baseado no individual - e, principalmente, com uma defesa a um nível muito baixo para este tipo de exigência. Vida falhou no primeiro golo, Uysal no segundo e Karius no segundo e no terceiro, mas nunca houve a segurança necessária ao longo de todo o encontro em qualquer dos elementos.